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CARIDADE, a fecundidade do amor

CARIDADE, a fecundidade do amor

Estamos na terceira semana da Quaresma. Metade deste tempo de deserto, preparação para a Páscoa, já passou. Mesmo vivendo em

Estamos na terceira semana da Quaresma. Metade deste tempo de deserto, preparação para a Páscoa, já passou. Mesmo vivendo em meio a uma jamais imaginada pandemia, este não pode ser tempo de tristeza, mas sim, de retorno à casa do Pai – tempo de mudança e de oração. E a pergunta que fazemos é: este tempo de deserto com Jesus me tem levado à uma sincera conversão? Quais frutos tenho produzido, até aqui, em termos de oração, jejum e caridade?

 

Agora, tendo já tratado um pouco sobre a importância da oração e do jejum, quero me deter sobre o tema da Caridade, como um dos pilares que sustentam a experiência espiritual quaresmal, fundado no próprio gesto salvífico de Jesus Cristo, que, do alto da Cruz, em meio a tantas dores, lá ainda exalou o doce perfume do amor por toda a humanidade. Um amor imenso, capaz de tomar sobre si as nossas dores, capaz de uma entrega sem par, que dilacerou o coração de Nossa Senhora como uma espada de dor que transpassou a sua alma e a fez, assim, decisiva e eternamente participante do mistério do sofrimento do seu filho, ela que também estará na feliz celebração de sua Páscoa com a Igreja nascente.

 

A Caridade é o derramar de Deus sobre todo o gênero humano e sobre toda a criação. O papa Bento, no início do seu pontificado, fez questão de abordar este tema. Assim ele diz: “na minha primeira Encíclica, desejo falar do amor com que Deus nos cumula e que deve ser comunicado aos outros por nós”. A Caridade que Deus é (1 Jo 4,16) e, segundo a qual, o Espírito Santo impele-nos a agir, não permanece presa em nossas cercanias, em nossos limites como Igreja. Torna-se missão. A Caridade é este supremo amor, esta suprema entrega de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo é experimentada e comunicada com alegria. O papa Francisco em mensagem, em outubro de 2019, ao Conselho das Conferências Episcopais da Europa, afirmou: “A fé no Senhor ressuscitado faz com que os cristãos sejam destemidos na caridade e este é o maior antídoto contra todas as tendências do nosso tempo, pleno de lacerações e oposições”.

 

A Caridade, portanto, é o supremo caminho, o maior dos dons, conforme nos ensinou São Paulo, a via principal por onde o cristão deve transitar. E este tempo quaresmal é um tempo de fecundo aprendizado da Caridade, conscientes de que todo o bem que fazemos ao próximo, chamado de irmão,se faz ao próprio Cristo (Mt 25, 25-36). A caridade é o amor de Deus derramado sobre a humanidade que impele o coração do homem, assinalado pela pertença a Deus pelo Sacramento do Batismo, a também ele, o próprio homem, se tornar presença e sinal de amor para com todos. Esta é a fecundidade da Caridade, do amor cristão. “Assim reconhecereis que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”, diz o Senhor.

 

 

Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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