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Santíssima Trindade em nossa vida

Santíssima Trindade em nossa vida

O que transcende a nossa cotidianidade, algo que parece dizer respeito só aos habitantes dos céus, tem algo a dizer

O que transcende a nossa cotidianidade, algo que parece dizer respeito só aos habitantes dos céus, tem algo a dizer a nós, humanos da Terra? A primeira consideração a ser colocada é que somos “imagem e semelhança de Deus”. Não para satisfazer a nossa vaidade e desejo de grandeza, mas por vontade do mesmo Deus. Entre as criaturas, o homem foi distinguido para ser a transparência do Criador. Distinção, sim, mas também responsabilidade para ser e agir como Ele, o modelo perfeito. Como imagem e semelhança de Deus, há comparações, por mais imperfeitas que sejam, entre a nossa realidade humana e a realidade revelada pelo Verbo de Deus. A partir de nossa experiência humana, de nossa vida amorosa, podemos ver, em nosso dia a dia, algo realizado infinitamente na Trindade.

 

O infinito amor – o Espírito Santo – é fecundo: o Pai gera o Filho Unigênito de Deus, “nascido antes de todos os séculos… gerado, não criado, consubstancial ao Pai” (Símbolo Niceno-Constantinopolitano). Aqui, entre nós, o amor também é fecundo: “E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus ele o criou e os criou homem e mulher. E Deus os abençoou e lhes disse: ‘sejam fecundos…” (Gn 1,27-28). “O casal que ama e gera a vida [nos ensina o papa Francisco] é a verdadeira ‘escultura’ viva (não a de pedra ou de ouro, que o Decálogo proíbe), capaz de manifestar Deus criador e salvador. Por isso, o amor fecundo chega a ser o símbolo das realidades íntimas de Deus (cf. Gn 1,28; 9,7; 17, 2-5.16; 28,3; 35,11; 48,3-4)” (Amoris Laetitia, 11).

 

Iniciemos com a constatação de que a célula básica da sociedade, a família, que nos acolhe ao nascermos, é imagem e semelhança de Deus. Se nos é permitido fazer uma analogia entre Deus e nós, humanos, podemos dizer que tanto em Deus quanto no homem o amor é o elemento que une e que gera. Como o Pai expressa todo o seu amor no Filho, e o Filho é a realização desse amor, o homem tem na “sua” mulher a pessoa que é o termo do “seu” amor; vice-versa, a mulher encontra no “seu” homem a realização do “seu” amor. Ainda que as palavras não expressem, é esse amor, realidade vivida no dia a dia, que sustenta a vida e dá segurança para acreditar nela.

 

Por que não dizer que nisso está presente o Espírito, o Santificador, “Senhor que dá a vida”, conforme reza o Símbolo Niceno-Constantinopolitano? Sem esquecer que nos foi revelado que Deus é Amor e que “o amor vem de Deus” (1Jo 4,7). Amor humano? Sim; quando verdadeiro, é ícone do amor de Deus.

 

Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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