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Comunicar cordialmente

Comunicar cordialmente

O Papa São Paulo VI, em 1967, instituiu o Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado anualmente no sétimo domingo da

O Papa São Paulo VI, em 1967, instituiu o Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado anualmente no sétimo domingo da Páscoa. No Brasil, corresponde ao domingo da Ascensão do Senhor. Para esse dia há sempre uma mensagem pontifícia. A primeira, assinada por São Paulo VI, pontuava: “Com esta iniciativa, proposta pelo Concílio Vaticano II, a Igreja […] quer chamar a atenção dos seus filhos e de todos os homens de boa vontade para o vasto e complexo fenômeno dos modernos meios de comunicação social, como a imprensa, o cinema, o rádio e a televisão, que são uma das notas mais caraterísticas da civilização moderna”. O Papa sequer imaginava a revolução tecnológica da comunicação meio século depois.

 

Para a 57ª edição do Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado em 21 de maio de 2023, o Papa Francisco escreveu sua mensagem com o apelo: “Falar com o coração. ‘Testemunhando a verdade no amor’ (Ef 4,15)”. É um convite que se inspira no jeito de Jesus falar com seus interlocutores. Uma convocação para “comunicar cordialmente quer dizer que a pessoa que nos lê ou escuta é levada a deduzir a nossa participação nas alegrias e receios, nas esperanças e sofrimentos das mulheres e homens do nosso tempo. Quem assim fala, ama o outro, pois preocupa-se com ele e salvaguarda a sua liberdade, sem a violar”.

 

O diálogo de Jesus com os discípulos de Emaús revela-nos um processo de comunicação marcado pela escuta e pela locução em que o registro do coração pauta o testemunho da Verdade que liberta. Enquanto conversam com Jesus, os discípulos sentiram seus corações arderem. Coração e mente abriram-se à compreensão dos últimos acontecimentos. Uma alegre novidade emerge para expulsar a escuridão da morte: o Senhor ressuscitou (cf. Lc 24, 13-35).

 

O apelo a comunicar cordialmente dirige-se não apenas àqueles que estão à frente dos meios de comunicação de massa ou aos influenciadores digitais, mas também a cada um de nós, pequenos comunicadores de cada hora nas redes sociais, a enviar mensagens para familiares e amigos. Em grande ou pequena escala, a palavra no coração de quem a escuta sempre produz efeitos. Atentos ao bem que devemos promover, cuidemos de “testemunhar a verdade no amor”, escolhendo a promoção da vida, negando-se a divulgar mentiras, preservando os direitos das pessoas.

 

Concluo com as súplicas orantes do Papa Francisco, ao mesmo tempo que parabenizo a todos os comunicadores pelo serviço que prestam à promoção dos valores da paz, da reconciliação, da promoção da dignidade humana: “Que o Senhor Jesus, Palavra pura que brota do coração do Pai, nos ajude a tornar a nossa comunicação livre, limpa e cordial. Que o Senhor Jesus, Palavra que se fez carne, nos ajude a colocar-nos à escuta do palpitar dos corações, para nos reconhecermos como irmãos e irmãs e desativarmos a hostilidade que divide. Que o Senhor Jesus, Palavra de verdade e caridade, nos ajude a dizer a verdade no amor, para nos sentirmos guardiões uns dos outros”.

 

+ João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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