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Quarta-feira da 23ª Semana do Tempo Comum

Quarta-feira da 23ª Semana do Tempo Comum

Prezado irmão, prezada irmã. Continuamos com a leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios. Estamos no capítulo sétimo.

Prezado irmão, prezada irmã. Continuamos com a leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios. Estamos no capítulo sétimo. No texto hoje proclamado, o apóstolo São Paulo dirige sua palavra às pessoas solteiras. Parte das angústias presentes e chega a afirmar que é vantajoso não se casar, fazendo um elogio da vida solteira. São Paulo tem presente o mistério da ressurreição de Jesus que inaugurou um novo tempo. Vive-se agora entre a Ressurreição e a Parusia, ou seja, o retorno glorioso do Senhor.

 

Tem-se a expectativa de que o retorno do Ressuscitado estava próximo e, portanto, tudo na vida fica com tempo abreviado. Além do mais, o apóstolo compreendia que a realidade deste mundo passa rapidamente, como um ator que entra e sai do palco. Ele usa a seguinte expressão: “A figura deste mundo passa”. Não se trata de uma condenação de quem se casou ou pretende se casar. Ele afirma: “Estás ligado a uma mulher? Não procures desligar-te. Não estás ligado a nenhuma mulher? Não procures ligar-te”.

 

Esta última afirmação pode dar a entender que São Paulo não fosse favorável ao matrimônio. Não se trata precisamente disto. Por isso, ele acrescenta: “Se, porém, casares, não pecas. E, se a virgem se casar, não peca”. O que São Paulo tem presente é que neste tempo a vida é cheia de tribulações, e para os que se casam, existem ainda as tribulações da vida matrimonial. E ele não deixa de dizer com sinceridade: “E eu gostaria de poupar-vos isso”. O tempo abreviado, para São Paulo, na expectativa da Parusia, indica que o que se tem de fazer, seja feito com a percepção de que é tudo passageiro. Nada tem valor absoluto, porque tudo passa. Só o amor pode durar para sempre, o amor a Deus e o amor aos irmãos.

 

O Papa Francisco, em sua Exortação Apostólica Amoris laetitia, sobre o Amor na Família, assim escreve no parágrafo 159: “diz São João Paulo II que os textos bíblicos «não oferecem motivo para sustentar nem a “inferioridade” do matrimónio, nem a “superioridade” da virgindade ou do celibato» devido à abstinência sexual. Em vez de se falar da superioridade da virgindade sob todos os aspectos, parece mais apropriado mostrar que os diferentes estados de vida são complementares, de tal modo que um pode ser mais perfeito num sentido e outro pode sê-lo a partir dum ponto de vista diferente. Por exemplo, Alexandre de Hales afirmava que, em certo sentido, o matrimónio pode-se considerar superior aos restantes sacramentos, porque simboliza algo tão grande como «a união de Cristo com a Igreja ou a união da natureza divina com a humana»”.

 

Tenhamos presente, portanto, a importância de compreender que “tanto o estado virginal quanto o estado conjugal são caminhos, modos idôneos, embora diferentes, de viver a caridade”.

 

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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