SANTA LUZIA VIRGEM E MÁRTIR
Minha irmã, meu irmão. Hoje é sexta-feira da segunda semana do tempo do Advento. Continuamos a ler trechos do livro da profecia de Isaías. O texto de hoje, Isaías 48,17-19, insere-se na seção conhecida como o “Segundo Isaías” (Is 40–55), uma parte do livro marcada por oráculos de consolação e esperança para o povo exilado na Babilônia. Nesse trecho, Deus se apresenta como o redentor e guia de Israel, oferecendo uma reflexão sobre os benefícios da obediência a Ele. É um convite ao arrependimento e à escuta atenta de Sua voz, mostrando que a fidelidade conduz à plenitude da vida.
“Eu sou o Senhor, teu Deus…” (v. 17). Como essas palavras Deus se apresenta como o mestre e guia de Israel, enfatizando seu papel como redentor. A imagem de Deus que “ensina o que é útil” e “guia pelo caminho” ressalta Seu cuidado pedagógico, orientando o povo para uma vida plena e significativa.
A ênfase está na sabedoria divina, que supera os planos humanos, e na necessidade de confiar em Deus como fonte de verdadeira libertação. “Ah, se tivesses observado os meus mandamentos!” (v. 18), diz o texto. Esse lamento divino reflete o coração de um pai amoroso que deseja o bem de seus filhos. A obediência aos mandamentos teria trazido paz (comparada a um rio) e justiça (como ondas do mar), ambas simbolizando plenitude, constância e prosperidade. A desobediência de Israel, entretanto, resultou em sofrimento e perda, enfatizando as consequências espirituais e históricas de se afastar de Deus.
“Tua descendência teria sido como a areia…” (v. 19). Aqui, Deus relembra a promessa feita a Abraão (Gn 22,17), mostrando que a fidelidade do povo teria garantido uma posteridade abundante e inextinguível. A metáfora da areia e dos grãos ressalta a ideia de bênção incontável e duradoura, reforçando que o cumprimento das promessas divinas depende da resposta humana de fé e obediência.
Em conclusão, Isaías 48,17-19 destaca a relação entre a fidelidade a Deus e a experiência de bênção e de plenitude. Deus é um guia amoroso, mas respeita a liberdade humana, lamentando as escolhas que levam ao afastamento Dele. Para a vida cristã hoje, este texto é um convite a ouvir e seguir a voz de Deus, reconhecendo que a obediência aos seus mandamentos não é um fardo, mas um caminho para a paz e a justiça. Ele nos desafia a confiar na pedagogia divina, sabendo que Deus sempre deseja nosso bem e nos conduz para a verdadeira vida em comunhão com Ele. Ouvimos a voz de Deus quando sua Palavra é proclamada. Quando escutamos a sua Palavra e a meditamos temos mais chances de amadurecimento da fé. Pense isso.