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Quarta-feira da 3ª Semana do Advento

Quarta-feira da 3ª Semana do Advento

Meu prezado irmão, minha prezada irmã. Estamos celebrando a terceira semana do Advento, precisamente o dia 18 de dezembro. O

Meu prezado irmão, minha prezada irmã. Estamos celebrando a terceira semana do Advento, precisamente o dia 18 de dezembro. O texto próprio para a liturgia de hoje é de Jeremias 23,5-8, texto que aborda a promessa de um futuro rei justo para Israel, um tema crucial para a esperança messiânica do Antigo Testamento. O trecho faz parte de um oráculo que oferece um contraste entre os líderes corruptos de Israel, que falharam em cumprir sua responsabilidade pastoral e política, e o futuro Rei que governará com justiça e retidão.

 

Jeremias, o profeta, atua em um período de grande turbulência para o Reino de Judá, marcado pela iminente destruição de Jerusalém e a invasão babilônica. No capítulo 23, Jeremias critica os governantes e líderes religiosos da nação, que, ao falharem em guiar o povo de acordo com os princípios divinos, são responsabilizados pelo caos social e espiritual do reino. Este oráculo em Jeremias 23,5-8 é uma promessa de restauração, onde Deus anuncia que ele mesmo levantará um rei justo, que trará redenção e segurança ao seu povo.

 

O “Renovo justo” (hebr. tsemach tsaddiq) é uma referência messiânica, relacionada ao descendente de Davi, que será um governante justo e fiel. A expressão “renovo” sugere uma renovação, uma nova oportunidade para o povo de Deus, que esteve sob a liderança corrupta dos reis anteriores. Esse “renovo” aponta para o esperado Messias, aquele que, em tradição judaica, viria restaurar a dignidade e a integridade do reino de Israel. A palavra “justo” indica a fidelidade desse rei às leis de Deus e sua liderança segundo a justiça divina, em oposição à corrupção dos líderes contemporâneos.

 

“Este é o nome com que o chamarão: 'Senhor, nossa Justiça'” (v. 6). Este versículo é fundamental, pois revela o caráter do “Renovo justo”. O nome messiânico dado ao rei é significativo: “O Senhor é a nossa justiça” (Yhwh tsidkenu). Esse nome não só expressa a natureza do rei como justo, mas também afirma que a justiça que o povo de Israel experimentará será, em última instância, obra de Deus. A salvação e a justiça vêm de Deus, e não de qualquer poder humano. Esse título é uma forma de sublinhar que a verdadeira justiça, restauradora e libertadora, só pode vir de Deus e não dos sistemas humanos falhos.

 

Os versículos 7-8 indicam uma nova exibição do poder de Deus, uma nova redenção para o povo de Israel. Em vez de se recordar da antiga libertação do Egito, o povo se lembrará de uma nova restauração, desta vez da dispersão babilônica e das terras para onde os israelitas haviam sido exilados. Essa restauração não será apenas física (retorno à terra), mas também espiritual, porque o povo de Israel voltará a reconhecer a soberania de Deus.

 

Em conclusão, Jeremias 23,5-8 é um texto profundamente messiânico, que oferece ao povo de Israel uma visão de esperança e restauração, centrada em um futuro governante justo, enviado por Deus. A promessa de um “Renovo justo” aponta para a intervenção divina em momentos de crise e desolação. Para a fé cristã, a promessa encontra seu cumprimento em Cristo, o Rei justo, que traz a verdadeira justiça, paz e restauração para toda a humanidade.

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