A Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Goiânia divulgou uma nota pública nesta segunda-feira, 20 de outubro, em que manifesta preocupação com o tratamento dado a pessoas em monitoração eletrônica. No texto, a entidade afirma que o aumento das prisões não resolve os problemas sociais e defende investimentos em políticas públicas nas áreas de educação, saúde mental, habitação e capacitação profissional como caminhos para a reintegração e a segurança pública.
NOTA PÚBLICA DA PASTORAL CARCERÁRIA
DA ARQUIDIOCESE DE GOIÂNIA
A Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Goiânia, fiel à sua missão de promover a dignidade humana e a justiça social, vem manifestar preocupação sobre pessoas em monitoração eletrônica e reafirmar seu compromisso com a defesa da vida e da inclusão social.
É urgente compreender que o problema das ruas não se resolve com mais prisões, mas com mais políticas públicas. Homens e mulheres que hoje utilizam tornozeleiras eletrônicas não precisam de novas grades, mas de apoio social, psicológico e espiritual, de políticas integradas de educação, habitação, saúde mental e capacitação profissional, para que possam reconstruir seus projetos de vida.
A Pastoral Carcerária acredita que a verdadeira segurança pública nasce da justiça social. Por isso, conclamamos os poderes públicos a promoverem uma ação coordenada entre as respectivas instâncias de Assistência Social, Educação, Trabalho e Direitos Humanos, com participação da sociedade civil e das comunidades religiosas, a fim de garantir oportunidades reais de recomeço.
Reafirmamos nossa disposição em dialogar e cooperar com todas as instituições comprometidas com caminhos de inclusão, reconciliação e paz social. Nosso compromisso é com a vida em plenitude, com a justiça restaurativa e com o Evangelho, que nos inspira: “Tive fome e me destes de comer; estive preso e fostes me visitar” (Mt 25, 36).
Goiânia, 20 de outubro de 2025.
Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Goiânia