O cardeal Sergio da Rocha, arcebispo de Brasília, relator geral do Sínodo dos Bispos sobre a Juventude, proferiu palestra sobre a Exortação Apostólica pós-sinodal Christus Vivit, do papa Francisco, no dia 18 de outubro, para acadêmicos da Escola de Formação de Professores e Humanidades da PUC Goiás, que inclui entre seus cursos o de Teologia. A atividade integrou a programação comemorativa dos 60 anos da universidade, dentro do Congresso de Ciência e Tecnologia.
A Christus Vivit foi dirigida aos jovens e a todo povo de Deus. Dom Sergio falou sobre o alerta que a exortação do papa faz, para o risco de se olhar a juventude como se ela estivesse na sala de espera. “A Juventude não é só o futuro, é o hoje da história”, afirmou, defendendo que a visão e o discurso sobre a juventude não devem ser reduzidos aos seus problemas ‒ pois esses são próprios da vida e os problemas da sociedade refletem nos jovens ‒, mas é preciso considerar suas potencialidades e dinamismo. O cardeal destaca: “Precisamos ter cuidado para não falar genericamente sobre os jovens, pois a realidade juvenil é diversa, plural, do ponto de vista cultural, social, comunitário etc., e precisa ser pensada diante da realidade de cada país e região”.
Após explanação do tema, houve momento de interação com o público, que pôde fazer perguntas ao cardeal e aos demais integrantes da mesa simbólica: o Pe. Davi Pereira de Jesus, coordenador do curso de Teologia; Dom Levi Bonatto, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, e a pró-reitora de Graduação da PUC, Profa. Sônia Margarida Gomes Sousa.
Em resposta a uma das questões, Dom Sergio disse que os jovens esperam da Igreja acolhimento, e as comunidades devem acolher os jovens, de forma que sejam para eles testemunhas do amor de Deus, comunicadores da mensagem salvífica de Cristo, e de que Ele vive! Mas o cardeal também conclamou os jovens a superar o individualismo e abrir espaço para serem acolhidos.
Eliane Borges