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Especial Dia das Mães

Especial Dia das Mães

Histórias Inspiradoras

Em comunhão com o tema para o Dia Mundial das Comunicações deste ano, “Para que possas contar e fixar na memória” (Ex 10,2). A vida faz-se história", aproveitamos esta semana que antecede o Dia das Mães para trazer algumas histórias da maternidade, em diversos âmbitos, vividos neste tempo difícil da pandemia. Histórias inspiradoras, como a de cada mãe.

 

 

"Esta pandemia trouxe uma importante lição ao ser humano: mais do que nunca precisamos cuidar uns dos outros. E ser mãe vai ao encontro dessa premissa, porque é uma missão pautada pelo amor. Somos preparadas para essa "arte do cuidado" desde a gestação quando acolhemos, dentro de nós, a vida nova que está por vir. Neste período de preparação, precisamos nos despir de muitas coisas, mudar antigos hábitos, ter disciplina com a alimentação e a forma como cuidamos do nosso corpo, da nossa alma. E tudo isso interfere na nossa própria saúde e no desenvolvimento da criança. É um "sim" ao propósito de Deus que exige desprendimento. E a maternidade me trouxe esse olhar de afeto, de responsabilidade, de empatia. É como se a gente já olhasse lá na frente. Claro que, humanamente falando, o sentimento de vulnerabilidade e preocupação nos rondam como mães. Já me peguei refletindo várias vezes: "meu Deus, meu filho vai chegar e que mundo é esse aqui fora?! Como posso prepará-lo para superar desafios tão difíceis?! ". Esses dias vi uma postagem do papa Francisco que muito aquietou meu coração… ele disse que as crianças que nascem nesta pandemia são um sinal de esperança. E esses são os sentimentos que mais me inspiram como mãe de primeira viagem: fé e esperança. Acredito que se abrirmos nossos corações para nos tornarmos seres humanos melhores, criaremos filhos e filhas com valores genuinamente cristãos e propósitos mais fecundos para este mundo que tanto carece de pessoas comprometidas com as causas coletivas. Precisamos criar filhos para somar, para serem luz mundo afora." Jornalista Belisa Monteiro

Belisa e Heitor
 

"Mesmo usando todos os equipamentos de proteção adequados, me sinto temerosa e totalmente vulnerável. Além do receio da contaminação, a preocupação maior é de não levar o vírus para casa. Quando volto para casa, meu filho mais velho esconde a bebê no quarto para que eu possa ir direto à lavanderia, retiro toda a roupa e, em seguida, tomo banho, só depois abraço e beijo meus filhos. Antes não era assim, ao chegar o beijo e abraço apertado viam em primeiro lugar. A sensação de entrar escondida é angustiante. Minha família reside em outro estado, talvez o correto nesse momento fosse deixar eles sobre os cuidados de outros membros da família, mas até quando? Será que esse distanciamento seria o melhor para eles? A incerteza nesse momento fala mais alto em todos os sentidos… não se sabe o que é o certo.
A vontade, como mãe, é colocar os dois dentro de uma bolha de proteção, mas como? Por outro lado, fico feliz ao saber que estando na linha de frente consigo exercer minha profissão com êxito e que posso diminuir o sofrimento de nossas crianças e seus familiares. Mantenho compromisso perante minha equipe de assegurar a proteção de todos. Estar na linha de frente numa pandemia é superar-se!"
Raquel Franzen Espíndola – Gestora de Enfermagem do Hospital Infantil de Campinas

Raquel, Illan e Isadora

 

Esta pandemia trouxe-nos bastantes ensinamentos. Como profissional da saúde, estar na linha de frente é bastante desafiador, pois, a cada dia, Deus vem me mostrando o quanto Ele confia em mim, protegendo-me e ajudando-me a continuar atuando onde Ele me capacita. É o que eu amo fazer!! Deus me mostrou o quanto posso ser forte como mãe, mesmo sabendo que estou na linha de frente, correndo risco. 
Durante toda esta pandemia, tive que ser forte e muitas vezes segurar o choro, pois tive que ir à luta e ficar sem meus pequenos. Mandei-os para a casa dos avós, pois sei que lá ficariam longe do perigo e também seriam muito bem cuidados. Porém, sempre que chegava em casa cansada, exausta, por conta de todo esse estresse, da angústia e da ansiedade , eu só queria o abraço dos meus pequenos , eu só queria os gritos deles pela casa, só queria as brigas e os beijos cheios de amor. Então, entrava para o chuveiro tomava meu banho, lá rezava e pedia a Deus que isso tudo começasse logo, mas também acabasse logo, quase igual criança quando diz aos pais que já pode sair do castigo porque já aprendeu a lição. Foram dias terríveis e desafiadores, era quase impossível não chorar quando falava com eles no telefone e, às vezes, via o mais novo chorando pedindo o colo da mamãe, ou quando ele mesmo gritava de lá que não gostava mais da mamãe porque eu não estava com ele. A mais velha, sempre muito madura, ajudou-me. Porém, teve um dia que a vó me ligou e falou: “ eles precisam de você, do seu abraço do seu colo”, a mais velha estava tristinha, só queria ficar deitada e não conversava com ninguém. Nesse dia, meu coração ficou em pedaços, liguei para rezamos e eu pedi para que ela fosse forte, pois agora a mamãe precisava terminar esse trabalho e tinha que ajudar os amigos a passar por essa luta. 
Deus vem me ajudando e me auxiliando em tudo. Se não fosse ele, não teria aguentado.  A palavra que está sempre comigo desde o início desta pandemia é gratidão. Gratidão a Deus por estar me ensinando a dar mais valor em minha família, meus filhos, ensinando-me a buscar cada dia mais a Deus, pois só ele salva, ensinando-me a cuidar do próximo cada vez mais em suas particularidades, mostrando-me que Deus é Deus, em qualquer circunstância que nos encontramos. Ele tem um tempo para cada coisa.
Nathalya Costa, Psicóloga Hospitalar , Hospital Infantil de Campinas

Nathalya, Maria Tereza e João Pedro

 

Diante deste episódio que o mundo vivencia, não existe um manual nos dizendo como devemos proceder. Confinados em nossos lares, convivendo com a falta de recursos e realizando tarefas que antes não estávamos preparadas para executar. Mas, como mãe, posso afirmar que o AMOR deve ser a base para enfrentar tempos como este, pois o amor tudo suporta (1Cor 13,7).  Ao desempenhar a maternidade, desde o cuidado com a casa, com os filhos, no preparo de suas refeições, instruí-los nas tarefas escolares, rezar com eles e por eles, olhar meus filhos nos olhos, pegá-los no colo, dar aquele abraço apertado, ouvir um ''eu te amo'' várias vezes ao dia, tudo isso me faz entender minha verdadeira vocação.
O momento presente é o que de fato nós temos, não preciso ressaltar dentro do meu lar o que as estatísticas mostram, mas, sim, enfatizar que juntos podemos superar tudo isso. Tento criá-los, não para o mundo, e sim para Deus. Nas minhas orações, eu consagro meus filhos a Deus, eles pertencem a Deus e, nessa premissa, se torna mais fácil enfrentar essa pandemia.
" Uma só coisa peço ao Senhor, que eu não perca nenhum daqueles que Deus me confiou''(Jo 6,39).
 Lilian Reis

Lilian, Alice, Angélica, Davi e Rafael

 

Meu nome é Míriam, sou casada, tenho três filhos, sou do lar e moro em Goiânia há vinte e dois anos. Meus familiares moram no estado do Paraná e mudar para Goiânia sem ninguém da minha família por perto foi muito difícil e desafiador para mim.

No ano de 2011, o meu filho do meio, Thales (com 13 anos), foi diagnosticado com uma leucemia mielóide aguda do tipo 3, hemorrágica, que o arrancou de nós no prazo de uma semana. Perdemos o chão! A vida perdeu a cor! Fomos tomados de uma grande tristeza!

Depois da morte do Thales comecei a buscar à Deus com mais fé e perseverança e um ano depois Ele me concedeu a graça de um encontro pessoal com Jesus, uma experiência do amor de Cristo por mim. Essa experiência abasteceu a minha fé e me fez crescer espiritualmente.

Quatro anos depois (em 2015), minha filha mais velha, Allana com 19 anos, falece em um acidente de carro com o namorado Cristiano Araújo, depois de um namoro difícil e conturbado. Foram momentos angustiantes! Passamos pelo vale da sombra da morte!

Dois anos depois desse acidente, minha filha mais nova, Gabriela com 18 anos na época, resolveu se mudar para Curitiba para fazer faculdade. Ficou lá por dois anos e meio e voltou esse ano para terminar a faculdade em Goiânia.

Agora, nesse tempo de pandemia, estamos com dificuldades financeiras, contando com a graça e a providência de Deus. A cada provação vivida em minha vida, tenho buscado cada vez mais à Deus, de todo o meu coração, de toda a minha alma, com toda a  minha força e com todo o  meu entendimento.

Uma vez que você entende e experimenta o  amor de Deus em sua vida e compreende que Jesus sofreu e morreu numa cruz por amor à você, tudo passa a ter um novo significado e um novo sentido. Só nos tornamos grandes soldados vivendo grandes batalhas.

Tenho buscado à Deus nas minhas orações diárias: através das leituras e do Evangelho do dia, através do rosário, de boas homilias, através da confissão e da comunhão, elevando o meu pensamento à Deus. Mas nada disso adianta se eu não entregar, confiar e esperar em Deus e crer profundamente que a vontade Dele é boa, perfeita e agradável!

Com certeza o que me impulsiona a viver com fé, alegria, confiança e esperança é o amor que sinto que Deus tem por mim. É isso que faz toda a diferença.

Pode até parecer estranho o que vou dizer, mas a cada provação e tribulação que vivo, me sinto mais especial, mais agradecida e amada por Deus.

“Tudo coopera para o bem daqueles que amam à Deus.” (Romanos, 8:28). Com certeza, Deus não permitiria o mal se não pudesse tirar desse mal um bem infinitamente maior. Precisamos abraçar a nossa cruz com amor e com Jesus, pois só assim, seremos capazes de carregá-la.

Nesse tempo de pandemia, Deus nos concede a oportunidade, a graça de nos voltarmos para Ele, nos humilharmos, nos reconhecermos pecadores, nos arrependermos (de verdade) dos nossos pecados, mudarmos nossa mentalidade, nosso comportamento, vivermos uma profunda conversão. Estamos com medo de perder nossos empregos, nossos bens, estamos com medo de passar fome, de adoecermos, de recomeçar e principalmente de perder aqueles que amamos, mas não estamos preocupados nem com medo de perder as nossas almas. De um jeito ou de outro, um dia todos nós iremos morrer, mas como nos apresentaremos diante de Deus? Não adianta salvar essa vida e perder a vida eterna com Deus!

Embora muitas pessoas não acreditem mais no inferno, ele existe, e o sofrimento do purgatório é muito maior do que qualquer sofrimento que vivamos aqui. O maior problema é que seguir à Cristo significa renunciar à TUDO o que me agrada, renunciar à mim mesma, porém não estamos dispostos a pagar o preço.

“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam”. (1 Coríntios 2:9). A maior herança que podemos ter, viver e deixar para aqueles que amamos é a nossa vida configurada à de Cristo! Miriam Coelho Pinto de Moraes.

Miram,Gabriela, Allana , Thales e Frank

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