>
>
Parceria da CNBB e Ministério Público do Trabalho

Parceria da CNBB e Ministério Público do Trabalho

Fruto de Parceria com a CNBB, Ministério Público do Trabalho disponibiliza spots com alertas sobre o Trabalho Infantil

Fruto de uma parceria com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o Ministério Público do Trabalho, por meio de sua Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes, disponibiliza três spots que falam do comprometimento do desenvolvimento de crianças em decorrência no trabalho na infância.

 

O desejo da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes é que estes spots sejam divulgados em rádios católicas e também nas comunidades e paróquias entre os dias 11 e 12 de outubro onde pode-se aproveitar para falar do trabalho infantil como grave violação de direitos humanos e os prejuízos causados ao desenvolvimento pleno e integral de crianças e adolescentes.

 

A Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral da ONU em 20 de novembro de 1989, reconhece que a criança, para o pleno e harmonioso desenvolvimento de sua personalidade, deve crescer no seio da família, em um ambiente de felicidade, amor e compreensão. Além disso, a criança deve estar plenamente preparada para uma vida independente na sociedade e deve ser educada de acordo com os ideais proclamados na Carta das Nações Unidas, especialmente com espírito de paz, dignidade, tolerância, liberdade, igualdade e solidariedade.

 

Conforme assinalado na Declaração dos Direitos da Criança, “a criança, em virtude de sua falta de maturidade física e mental, necessita de proteção e cuidados especiais, incluindo a devida proteção legal, tanto antes quanto após seu nascimento”.

 

Cenário Nacional

Mesmo proibido no Brasil, o trabalho infantil atinge pelo menos 2,4 milhões de meninos e meninas entre 5 e 17 anos, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua 2016, do IBGE. De acordo com o mesmo levantamento, no Rio Grande do Norte havia, em 2016, 33 mil crianças e adolescentes em situação de trabalho irregular, incluindo nesse número aqueles que trabalham para o autoconsumo, ou seja, para a própria sobrevivência

.

Em 2019, das mais de 159 mil denúncias de violações a direitos humanos recebidas pelo Disque 100, cerca de 86,8 mil tinham como vítimas crianças e adolescentes. Desse total, 4.245 eram de trabalho infantil. Os dados são do Ministério da Mulher, da Família e do Direitos Humanos (MMFDH).

 

“Os dados revelam o tratamento negligente que o Estado brasileiro tem dispensado a crianças e adolescentes e o enorme distanciamento entre os preceitos constitucionais e a realidade vivenciada; conduzem à inevitável conclusão de que o Estado não se importa com o valor prospectivo da infância e juventude, como portadoras da continuidade do seu povo”, alerta a procuradora Ana Maria Villa Real, coordenadora nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância), do MPT.

 

Para a procuradora, “o princípio da proteção integral é o único caminho para se chegar a uma vida adulta digna; não há atalhos para isso! Crianças e adolescentes têm direito à dignidade, a florescerem e a crescerem com as vivências próprias de suas épocas. Não há dignidade pela metade. Dignidade é inegociável”, completa.

 

Os números do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde mostram o quanto o trabalho precoce é nocivo: entre 2007 e 2019, 46.507 crianças e adolescentes sofreram algum tipo de agravo relacionado ao trabalho, entre elas, 279 vítimas fatais notificadas. Entre as atividades mais prejudiciais, está o trabalho infantil agropecuário: foram 15.147 notificações de acidentes com animais peçonhentos e 3.176 casos de intoxicação exógena por agrotóxicos, produtos químicos, plantas e outros.

 

Um estudo inédito publicado no dia 25 de maio pelo FNPETI revela ainda que mais de 580 mil crianças e adolescentes de até 13 anos trabalham em atividades ligadas à agricultura e à pecuária, que estão na lista das piores formas de trabalho infantil. A pesquisa teve como base o Censo Agropecuário de 2017, divulgado pelo IBGE em 2019. Apesar da redução obtida desde 2006, quando o número era de mais de 1 milhão, com a Covid-19, o trabalho infantil agropecuário também pode voltar a crescer.

 

Fonte: CNBB

Compartilhe

Outras Notícias

Notícias da Arquidiocese

Arquidiocese

Notícias das Paróquias

Notícias, Notícias da Arquidiocese, Notícias das Paróquias

Notícias relacionadas

Notícias

15 de setembro de 2025

Notícias da Arquidiocese

15 de setembro de 2025

Continue navegando

Espiritualidade:

Sua experiência diária com a Palavra de Deus

Explore conteúdos que fortalecem sua caminhada e enriquecem
sua jornada de fé.

Receba as novidades da nossa Arquidiocese

Inscreva-se em nossa newsletter e fique por dentro dos avisos, eventos e mensagens especiais da Diocese.

Ir para o conteúdo