Cada um de nós temos uma forma de estar em contato íntimo com Deus por meio da oração. A oração, segundo o Catecismo da Igreja Católica (2697) é “a vida do coração novo. Ela deve animar-nos a todo o momento”. Padre João Batista de Lima, coordenador da Escola de Ministérios da Arquidiocese de Goiânia, acrescenta. “A vida nova dada por Cristo precisa ser cultivada, por isso a oração é o modo pelo qual cultivamos nosso relacionamento com Deus. Ela é tão importante quanto o nosso respirar, pois sem oração diária tendemos ao esfriamento e distanciamento de Deus”.
Não existe uma fórmula para se rezar, mas é importante que exista ritmo e disciplina, como nos explica o padre João Batista. “Na tradição da igreja o ritmo de oração é diário, onde se reza pela manhã, tarde e noite. Também temos um ritmo semanal que é no domingo, Dia do Senhor, dia de oração e descanso. Ainda um ritmo anual com as grandes celebrações, cujo centro é a Páscoa do Senhor”.
A oração é muito importante na nossa vida, mas há momentos em que ela se faz essencial, como é o caso do tempo em que estamos vivendo. “Neste tempo da pandemia a oração é importante para fortalecer nossa esperança para não sucumbirmos diante deste mar agitado que atravessamos, para nos sentirmos seguros em Deus e, sobretudo, recebermos por meio dela, conforto e consolação divina”, completa o coordenador da Escola de Ministérios.

Tipos de Oração
O parágrafo 2699 do catecismo nos traz três tipos de orações. “A Tradição Cristã conservou três expressões principais de vida de oração: a oração vocal, a meditação e a contemplação”. Padre João Batista nos explica como podemos exercitar cada uma delas.
Oração vocal: Pela voz de sua Palavra, Deus fala ao coração do homem e este, por sua vez, responde ao Senhor. O próprio Jesus ensinou aos seus discípulos a rezar o Pai Nosso… Assim, pela oração vocal diante de Deus, o homem pode suplicar, louvar, agradecer e interceder. Segundo o catecismo a oração vocal é a “oração das multidões”.
Meditação: A meditação é um modo de rezar íntimo e profundo, recolhido no silêncio interior se faz um processo: “meditar no que se lê leva a assimilá-lo, confrontando-o consigo mesmo. Abre-se aqui um outro livro: o da vida. Passa-se dos pensamentos à realidade. Segundo a medida da humildade e da fé, descobrem-se nela os movimentos que agitam o coração e é possível discerni-los.” (CIC 2706).
Contemplação: A contemplação “é união à oração de Cristo na medida em que nos faz participar no seu mistério. O mistério de Cristo é celebrado pela Igreja na Eucaristia e o Espírito Santo faz-nos viver dele na contemplação, para que seja manifestado pela caridade em ato” (CIC 2718).
Larissa Costa