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Lectio Divina 2021

Lectio Divina 2021

Quinta noite da Lectio Divina: Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer

 

No último sábado, 20 de março, quinta noite da Lectio Divina, padre Luiz Henrique Brandão que conduz o momento de reflexão da palavra, nos convida a meditar sobre o evangelho de São João 12, 20-33. “Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, e eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim. Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer” (cf. Jo 12,30-33).

 

O padre ressalta que durante esses momentos de Lectio Divina sua intenção é tratar de temas baseados no evangelho, que ajude os fiéis no caminho quaresmal e também na semana santa, celebração mais importante da nossa fé que é o mistério Pascal de Cristo, a sua Paixão, Morte e Ressurreição. Padre Luiz Henrique pediu que, especialmente nessa quinta semana da quaresma, os fiéis ficassem atentos à sua reflexão devido à importância desse evangelho para o atual cenário que estamos vivendo.

 

Quando lemos o evangelho de São João, vemos que no prólogo ele traz algo resumido falando da criação do mundo até a encarnação de Jesus e a salvação que Cristo veio nos trazer. No primeiro capítulo temos o encontro de Jesus com os primeiros discípulos, que depois vão se tornar os seus apóstolos. O segundo capítulo retrata o primeiro milagre de Jesus nas Bodas de Caná, que é um texto bem conhecido. Maria vai a Jesus para pedir que Ele intervenha em favor daqueles noivos, cuja festa estava faltando vinho. Jesus responde a Maria dizendo: Mulher, a minha hora ainda não chegou!

Segundo o padre Luiz Henrique, esta é a primeira vez que no texto do evangelho de São João aparece a expressão “hora”. E lendo todo o evangelho vamos notar que esta “hora” a que Jesus se refere é, justamente, o momento do mistério da sua Paixão, Morte e Ressurreição.

 

O evangelista São João nos conta que chegaram alguns gregos, alguns judeus que tinham subido à Jerusalém para adorar durante o tempo da Páscoa e procuraram Felipe. E dizem: queremos ver Jesus. Nós não sabemos por qual razão eles querem ver Jesus, reflete o padre. Talvez fosse mera curiosidade da parte deles, pois Jesus estava se tornando uma pessoa conhecida. Não sabemos se era por mera curiosidade ou se era por um interesse religioso, de uma verdadeira conversão, o texto não deixa isso claro. Mas, Jesus não chama essas pessoas para conversar, “Jesus diz: chegou a hora”.

 

Por isso, o padre nos faz relembrar da passagem das Bodas de Caná, início do ministério público de Jesus, retratando a primeira vez que Jesus se refere a palavra “hora”. “Provavelmente três anos antes deste episódio que nós lemos hoje, também no evangelho de São João, Jesus tinha dito: Mulher a minha hora ainda não chegou. Jesus tinha pregado o evangelho para muitas pessoas, feito muitos milagres e depois de aproximadamente três anos em Jerusalém, na proximidade da festa da Páscoa, aqueles homens procuraram Jesus e Jesus diz: “Chegou a hora”.

 

“Jesus, nesse momento, está querendo deixar evidente que está falando de sua Paixão. Mas, Jesus não trata essa “hora” em termos de sofrimento. Na verdade Jesus não tinha o hábito de chorar as suas próprias dores. Quando ele falava do mistério da sua Paixão, Morte e Ressurreição, sempre falava em um tom muito positivo de obediência à vontade do Pai. Por isso, quando chega às vésperas da Páscoa e Ele tem este encontro descrito no evangelho dessa quinta semana, Jesus fala: Chegou a hora do filho do homem ser glorificado”, afirma o padre.

 

Jesus está mostrando que a glória da humanidade está escondida por detrás da aparência de destruição, de perda, de fracasso, de morte e de sofrimento, que o caminho que Ele fez e que vai levá-lo ao ponto máximo, que é a cruz, é o caminho da verdadeira libertação da humanidade. O homem que tinha sido feito livre por Deus no paraíso e que, de modo irresponsável, utilizou a sua liberdade caindo na escravidão do pecado, precisava que alguém, exercendo de modo responsável sua liberdade, pudesse dar a liberdade humana.

Nós vivemos esse tempo muito particular da humanidade, mas o Senhor nos escolheu para estar neste tempo no mundo, não foi em outro. Nós não estamos vivendo no século XV e XVI, nós estamos vivendo o hoje. E se o Senhor nos chama a viver o hoje na história do mundo, significa que Ele vai nos dar todas as graças para que tudo isso sirva para a nossa santificação. Para que todas essas coisas que nós estamos vivendo sirvam para que nós alcancemos a verdadeira liberdade. E nessa verdadeira liberdade possamos nos amar e amar os nossos irmãos.

“A Páscoa deste ano não vai ser a nossa ressurreição definitiva. Terminando essa quaresma não significa que vai estar tudo resolvido na nossa vida, mas sim, um passo por vez com o Senhor. Uma quaresma por vez, um caminho feito seriamente. Nós fazemos um passo hoje, um outro passo amanhã e o Senhor nos faz crescer hoje, nos faz crescer amanhã e, pouco a pouco, nós vamos nos dando conta de que, de fato, Cristo nos deu a verdadeira liberdade que é aquela do amor que Ele nos ofereceu”, encerra o padre.

 

O compromisso sugerido pelo padre Luiz Henrique para essa quinta semana da quaresma é que façamos a meditação das estações da via sacra.
 

No próximo sábado, acontece o último encontro da Lectio Divina 2021. Você é nosso convidado para acompanhar ao vivo, às 19h30, pelo canal do Setor Juventude e pelo canal da Arquidiocese de Goiânia no Youtube.

 

Gabriela Rodrigues

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