O quarto domingo do mês é dedicado à vocação leiga. Desta vocação é que derivam todas as outras. De acordo com o papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, “a imensa maioria do povo de Deus é constituída por leigos”. Ele ainda diz que mesmo a quantidade de leigos não sendo suficiente, “pode-se contar com um numeroso laicado, dotado de um arreigado sentido de comunidade e uma grande fidelidade ao compromisso da caridade, da catequese, da celebração da fé”.
Para falar sobre a vocação à vida laical, entrevistamos Mário Filho, que serve no Ministério de Música da Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística. Ele, que vem de uma família muito participativa na igreja, começou a tocar piano aos 3 anos de idade e, desde os seus 9 anos, colabora na paróquia com a doação do seu dom. “Eu vi as pessoas tocando, na época que essa igreja era uma capelinha, bem diferente do ambiente que nós estamos hoje. Eu lembro que aqui tinha uma senhora tocando e aí me veio a vontade de tocar na igreja também”, conta.
Dom Washington Cruz afirma, no Documento Pós-Sinodal do ano de 2014, que “a vocação dos fiéis leigos pode se desenvolver em etapas distintas da vida, como solteiros, casados, ou ainda na experiência da viuvez”. A vocação de Mario Filho se iniciou bem cedo, no ano de 1995. Ele oferta o seu trabalho há 26 anos e, atualmente, coordena o canto litúrgico da paróquia. Ao ser perguntado sobre sua participação na igreja, ele diz: “a minha vida e a Paróquia Rosa Mística eu acho que é tudo junto. Eu participo durante a semana e aos domingos, às 18 horas. Isso aqui faz parte da minha vida. Posso dizer que eu cresci aqui dentro, aqui eu fiz grandes amizades. Enfim, a minha vida se confunde com a rotina e com a história dessa paróquia”.

A música evangeliza
“Santo Agostinho dizia que quem reza e canta, reza duas vezes. Então, a música tem essa capacidade de aproximar as pessoas de Deus, do Mistério que a gente celebra na Eucaristia. Tanto os cantos, que são ritos, quanto os cantos, que compõem o rito, ajudam as pessoas a encontrar com Deus, ajudam as pessoas a rezar e promovem essa evangelização. A música tem esse poder, especificamente o canto litúrgico. É muito gratificante quando as pessoas chegam em nós e falam: 'a música estava bonita, ajudou-me a rezar'. É indescritível a sensação de poder colaborar nesse sentido” (Mario Filho).
Larissa Costa