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Vamos juntos celebrar a Páscoa do Senhor

Vamos juntos celebrar a Páscoa do Senhor

No Tríduo Pascal celebramos o mistério da nossa fé

Na Quinta-Feira Santa iniciamos o Tríduo Pascal. Na última edição demos início a uma caminhada para falarmos sobre a “Grande Semana”, a mais importante para a nossa fé. Nesta edição, vamos falar sobre o Tríduo Pascal. Passaremos pela Quinta-Feira Santa, na qual Jesus institui a Eucaristia e o sacerdócio; a Sexta-Feira da Paixão, em que Jesus morre; passamos pelo Sábado de luto, em que o Senhor está no sepulcro; a Vigília Pascal, a mãe de todas as celebrações da qual deriva todo o calendário litúrgico da Igreja; e o Grande Domingo da Ressureição. Padre Maximiliano Costa, da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Senador Canedo, ajuda-nos a entender esses dias.

 

Quinta-Feira Santa Jesus lava os pés dos discípulos e institui a Eucaristia e o sacerdócio

Neste dia se inicia o Tríduo Pascal, com a Missa da Ceia do Senhor, Missa de Lava-Pés, Missa da Instituição da Eucaristia e Missa da Instituição do Sacerdócio. Essas três denominações estão corretas para esta celebração, que marca três aspectos importantes da espiritualidade para nós, cristãos.

 

Com a saudação inicial dessa Missa da Ceia do Senhor, inicia-se uma grande “missa”, pois no final da Missa da Quinta-Feira Santa não se dá Bênção Final e, na celebração da Paixão do Senhor, acontece somente uma oração para o povo. A bênção acontece somente no final da Vigília Pascal, no Sábado Santo.

Assim, precisamos entender, em primeiro lugar, que o Tríduo Pascal é uma unidade, ou seja, todas as celebrações da Quinta-Feira Santa, Sexta-Feira da Paixão, Sábado Santo e do Domingo de Páscoa compõem o único mistério que nós chamamos o Mistério Pascal de Cristo. 

 

Na Quinta-Feira Santa nós fazemos memória de três grandes acontecimentos: o primeiro, a Instituição da Eucaristia; o segundo, a Instituição do sacerdócio; e o terceiro, o rito do Lava-Pés. De acordo com a teologia judaica, sempre ao celebrar a Páscoa era necessário fazer memória da ceia. Precisamos entender o contexto teológico que remete ao Antigo Testamento, quando o povo de Deus foi caminhar rumo à terra prometida, saindo da escravidão do Egito.

 

Eles tiveram que sair às pressas. Logo fizeram a ceia com os pães ázimos porque não havia tempo para a fermentação ou para a levedação do pão. Dessa forma, Jesus Cristo, sendo um bom judeu, remete a Páscoa Judaica aos ritos que a compunham. Nesse sentido, ele celebra com seus discípulos a ceia. Porém, com uma novidade, porque não era apenas fazer memória de um acontecimento do passado, ou seja, a ceia judaica, mas Jesus traz a novidade, porque por meio desta ceia ele instituiria o Sacramento da Eucaristia, que perpetuaria toda a história de fé da Igreja Católica Apostólica Romana.

 

Diante disso, ele também realiza com seus discípulos, nesta mesma celebração, o lava-pés, porque aquilo que ele viveria na Sexta-Feira da Paixão, remeteria à sua entrega, ao seu serviço, à sua vida doada. Na Quinta-Feira Santa nós temos a evidência da Eucaristia e, consequentemente, o rito do lava-pés, mas não podemos esquecer o Ministério Sacerdotal ou a Instituição do Sacerdócio, que nasce também neste dia, já que a finalidade do ministério sacerdotal é de perpetuar o Sacrifício Eucarístico.

 

Neste dia, em que celebramos a Instituição do Sacerdócio, somos convidados a rezar por nossos padres, para que sejam cada dia mais fiéis ao chamado do Senhor e segundo o coração do mestre.

 

Sexta-Feira Santa – “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem”

A Sexta-Feira Santa, para os cristãos, é o dia mais triste do ano, é o dia da Paixão e Morte de Jesus. É interessante percebermos a intensidade teológica de cada dia do Tríduo Pascal, a Paixão do Senhor resulta no cume da sua missão. No Evangelho, São João nos diz: “Ele nos amou e nos amou até o fim dando a sua vida por nós”. Isso foi evidenciado no mistério da Cruz. É importante entendermos que ao evidenciarmos a Paixão do Senhor, não somos uma Igreja que celebra morte, mas a vida, que emana da morte. A partir do princípio da entrega de Jesus na cruz, devemos ter em mente que Jesus, por meio da sua morte, assumiu a nossa morte e, a partir do momento que o Senhor assume a nossa morte, morre em nosso lugar, para nos salvar e dar a vida eterna.

Neste dia, às 15 horas, nós temos a Celebração da Paixão de Jesus e a adoração da Santa Cruz. Devemos ter a consciência de que não estamos adorando um pedaço qualquer de madeira, mas a cruz que foi banhada pelo sangue de Cristo e impregnada pelo sangue redentor. Não adoramos a madeira, mas o sangue de Cristo.

 

Dentro da Celebração da Paixão acontecem as Orações Universais, que devem ser rezadas sempre. Mas, como estamos na Semana das Semanas, elas se tornam mais solenes.

 

Sábado Santo – A Páscoa da Ressureição

Durante o dia, no Sábado Santo vivemos em clima de luto, pois Nosso Senhor está morto. Neste dia em que Jesus Cristo desce à mansão dos mortos para poder salvar todos aqueles que morreram antes dele, Jesus desce à mansão dos mortos para levar luz àqueles que esperam a sua chegada e não devemos fazer festa, mas nos colocar em atitude de reflexão, pois Jesus derramou o seu sangue para redimir nossos pecados. É um dia doloroso para Maria, porque ela vivenciou todos os momentos da prisão dele, os caminhos da cruz e quando ele morreu ela o teve nos braços. E quando ele foi sepultado, Maria volta para casa e a casa está vazia.

 

No Sábado Santo, em que Nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida seus filhos dispersos por toda a terra a se reunirem em vigília e oração. Se comemorarmos a Páscoa do Senhor, ouvindo sua palavra e celebrando seus mistérios, podemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus.

Com a Bênção do Fogo Novo, é acendido o Círio Pascal, a Luz de Cristo que brilhará sobre o mundo. O Círio significa Cristo ressuscitado e permanece aceso em todas as celebrações durante o Tempo Pascal e fora do Tempo Pascal, quando acontecer nas paróquias a celebração dos Sacramentos do Batismo ou da Confirmação.

 

Na celebração da Vigília Pascal acontece a proclamação da Páscoa, este solene momento em que se canta “Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens por ele amados”, Ainda nessa celebração somos convidados a fazer a Profissão de Fé e, depois, renovar as Promessas Batismais, nas quais reafirmamos nossa fé e o nosso compromisso batismal.

 

A celebração da Eucaristia, neste dia, remete a uma antiga aliança, mas agora não numa panificação, e sim numa totalidade mais ampla, em que o próprio Cristo se faz alimento para que nós nos alimentemos do seu corpo e do seu sangue. Tudo isso para que nós entendamos que a fé da Igreja é uma fé viva, porque nós acreditamos no Deus vivo e ressuscitado. Partindo disso, o Mistério da Vigília Pascal evidencia essa vitória sobre a morte, o pecado, e, mais do que isso, a vida que sempre vence a morte.

 

Domingo de Páscoa – O Senhor ressurgiu, Aleluia, Aleluia

O Salmo que cantamos neste dia nos relembra que o Domingo é o dia que Deus fez para nós. “Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele exultemos” (Sl 117). Devemos nos alegrar, pois aquele que morreu para redimir os nossos pecados, ressuscitou para nos dar a vida eterna.

O Evangelho deste domingo narra o encontro do ressuscitado com as mulheres e, depois, consequentemente, com os primeiros discípulos. Por meio desses relatos há sempre duas realidades: a primeira, do assombro e do susto, de não saberem ou não entenderem o que estava acontecendo. A segunda, que é a mais importante, a alegria da novidade que a ressurreição de Jesus Cristo traz a cada cristão. É necessário que nós, ao celebrarmos o Domingo de Páscoa, não fiquemos no assombro da novidade, mas que abramos o nosso coração para acolhermos o que Jesus tem para nos oferecer, a vida nova em Deus, que nos é comunicada para que em nossa vida, em meio às dificuldades e desafios, tenhamos a graça de experimentá-lo sempre vivo e ressuscitado.

 

Marcos Paulo Mota

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