De acordo com ata que narrou seu falecimento, Dom Emanuel Gomes de Oliveira começou a passar mal no dia 25 de abril, à noite, quando se confessou com Frei Marcelo, OFM, e recebeu a unção dos enfermos. Logo após, o Vigário de Silvânia lhe deu o solene Viático, seguindo-se com as orações pro-agonizantes. Teve uma breve melhora e no dia seguinte participou da Santa Missa. Nesta ocasião, ele quis fazer a sua Profissão de Fé, renovando os seus votos religiosos, pois alegava que desejava morrer sendo salesiano. No dia 28 de abril as crises se intensificaram, recebeu assistência médica dos seus amigos, Dr. Simão Carneiro, Dr. Omar Carneiro e Dr. Ediberto da Veiga Jardim.
Na manhã de 7 de maio, chamou Cônego José Trindade, fazendo as devidas recomendações de como deveria encaminhar os negócios da Arquidiocese na sua falta e o incumbiu de visitar o seu irmão, Dom Helvécio, em Mariana, para agradecê-lo por todo o apoio e ajuda dada à Arquidiocese de Goiás. Teve uma razoável melhora nos dias seguintes, mas já percebendo suas forças se esvaindo. No dia 12 de maio de 1955, pelo final da manhã, começou a ter forte convulsões, foi medicado, mas não resistiu, vindo a falecer às 16h05.
Depois do falecimento, o corpo de Dom Emanuel foi preparado para os ritos fúnebres que se prolongaram por dois dias. A primeira parte do velório aconteceu na Capela do Seminário Santa Cruz, em Silvânia, onde se leu o testamento cerrado pelo Juiz da Comarca e foram celebradas várias missas de corpo presente pelos bispos e padres que lá estavam. Depois, o corpo foi transladado para a Matriz de Nosso Senhor do Bonfim, recebendo a visita dos fiéis e, principalmente, dos colegiais. Lá passou a primeira noite, onde ocorreu as encomendações litúrgicas. No dia seguinte, o corpo foi trazido para Goiânia, do Palácio das Esmeraldas ao Santuário São João Bosco, foi acompanhado por uma grande procissão, velado durante a segunda noite com fervorosas orações dos fiéis de Goiânia e de outras paróquias da Arquidiocese.
Foram celebradas missas das 3h às 8h do dia 14 de maio. Às 16h, cantaram o solene Pontifical e Encomendações litúrgicas, como resguardava o Cerimonial dos Bispos. A celebração contou com a presença de todos os bispos da Província Eclesiástica de Goiás, bem como de Dom Daniel Baeta Neves, bispo auxiliar de Mariana, que veio representar Dom Helvécio Gomes de Oliveira, seu irmão, além de muitos padres, religiosos, autoridades civis, militares e um numeroso grupo de fiéis. A celebração litúrgica foi seguida de uma massiva procissão até a Catedral Provisória, onde foi sepultado seu corpo. O corpo de Dom Emanuel foi sepultado na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora − Catedral, no presbitério aos pés do altar-mor, onde foi colocada uma lápide de pedra com a inscrição que contém uma breve e elegíaca biografia.
Pe. Maximiliano Costa
Mestre em História