No domingo, 8 de outubro, dia do nascituro, aconteceu em Goiânia a caminhada pela vida contra o aborto. Centenas de pessoas se reuniram na praça Tamandaré e realizaram uma manifestação pública e pacífica. Diversas lideranças religiosas estiveram presentes. Da Igreja Particular de Goiânia participaram padres, religiosos e religiosas, leigos e leigas e seminaristas. Também estiveram presentes, Dom Levi Bonatto, Bispo auxiliar, e o Arcebispo de Goiânia, Dom João Justino.
No trecho da carta à Arquidiocese de Goiânia sobre a ADPF 442, lançada no dia 24 de setembro deste ano, o Arcebispo de Goiânia diz:
No último dia 22 de setembro, o Supremo Tribunal Federal iniciou o julgamento da ADPF 442, que procura legalizar o aborto no Brasil. A Ação, proposta pelo PSOL, pede que o STF não considere o nascituro como pessoa e, sim, como uma "criatura humana intrauterina". Trata-se de uma sorrateira estratégia linguística que procura negar a dignidade humana desde a concepção e autorizar o assassinato dos pequeninos indefesos que estão no ventre materno. Muito embora a relatora da ação, a Min. Rosa Weber, já tenha proferido voto favorável à descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, a análise do caso foi suspensa por um pedido de destaque do Min. Luís Roberto Barroso, de modo que ainda há tempo para nos manifestarmos em defesa da vida.
A clara posição católica contrária ao aborto fundamenta-se na "convicção de que um ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada etapa do seu desenvolvimento. É fim em si mesmo, e nunca um meio para resolver outras dificuldades. Se cai esta convicção, não restam fundamentos sólidos e permanentes para a defesa dos direitos humanos, que ficariam sempre sujeitos às conveniências contingentes dos poderosos de turno" (Papa Francisco, Evangelii Gaudium 213).
