De 13 a 20 de junho de 2021, acontece a 36º Semana do Migrante, organizado pela Comissão Episcopal Pastoral para a ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM). Esse ano o tema é: “Migração e diálogo”, tendo como o lema: “Quem bate à nossa porta”?
Segundo o texto-base, o tema desse ano busca continuar as reflexões e ações da Campanha da Fraternidade 2021, e tem um duplo objetivo, que é o de “colocar em pauta a temática da migração, e ao mesmo tempo, levar a um compromisso sociopastoral diante dessa multidão, não raro, sem raiz e sem rumo”.
De acordo com dom José Luiz Ferreira Salles, bispo de Pesqueira (PE) e presidente do Serviço Pastoral dos Migrantes e referencial do Setor de Mobilidade Humana da CNBB, “abordar essa temática significa estar disposto a ser uma Igreja em saída, sempre”.
Migração em Goiás
De acordo com um levantamento feito pela Prefeitura de Goiânia a migração de grupos indígenas venezuelanos da etnia Warao para o Estado de Goiás teve início em dezembro de 2019. Um grupo de 33 pessoas chegou à cidade de Anápolis vindo de um abrigo para refugiados venezuelanos existente em Parauapebas, no Pará.
No Brasil, a entrada desses grupos indígenas venezuelanos ocorre desde 2014, ficando mais intensa em 2017, no Estado de Roraima. Isso ocasionou um fluxo migratório constante entre as cidades de Pacaraima e Boa Vista, em Rondônia e a cidade de Manaus, no Estado do Amazonas.
Nos anos de 2018 e 2019, alguns grupos indígenas seguiram para a cidade de Belém, no Pará, abrindo uma nova rota: Santarém/Belém/Paraupebas. Outros grupos seguiram para Porto Velho, com a rota Manaus/Porto Velho. Ainda, segundo a Prefeitura, em dezembro de 2019, essas rotas migrátorias de indígenas da etnia Warao confluem para a cidade de Goiânia.
36º Semana do Migrante na Arquidiocese
No sábado, 12 de junho, aconteceu a Missa de abertura da 36º Semana do Migrante na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no setor Ferroviário, em Goiânia. Cerca de 30 indíos venezulanos da etnia Warao estiveram presentes na celebração.
“Eles buscaram a Igreja para batizar seus filhos, para fortalecerem sua fé e conservar a esperança. No final da celebração as crianças fizeram uma apresentação cultural. Foi muito bonito”, afirma a Irmã Glória Dal Pozzo, coordenadora da Pastoral dos Migrantes.
Na quarta, 16, foi realizado um culto ecumênico na sede da Secretaria dos Direitos Humanos, em Goiânia. Foram convidados pastores e gestores da Secretaria dos Direitos Humanos com o intuito de dar visibilidade à missão da Pastoral dos Migrantes na Arquidiocese.
Fontes: Prefeitura de Goiânia e CNBB
Gabriela Rodrigues