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História da Igreja em Goiás

História da Igreja em Goiás

Na primeira metade do século XVIII, com o avanço da Rota dos Bandeirantes, chegou em terras goianas o primeiro grupo

Na primeira metade do século XVIII, com o avanço da Rota dos Bandeirantes, chegou em terras goianas o primeiro grupo expedicionário liderado por Bartolomeu Bueno da Silva, conhecido como o Anhanguera, que se estabeleceu às margens do Rio Vermelho para exploração do ouro que ali havia, fundando, em 1729, o Arraial de Sant’Ana, hoje, a cidade de Goiás.

 

Em 1743 começou a ser construída a Igreja dedicada à Sant’Ana por Manuel Antunes da Fonseca, que era o Ouvidor-Geral de Goiás. No local, havia uma pequena capela, que foi demolida para a construção da nova igreja. Em 1759, o teto da igreja desabou, pois a forma como foi construída era bem precária. Porém, reza o mito, passado por muitas gerações, de que um antigo padre que morou na cidade havia amaldiçoado a igreja, falando que ela jamais seria concluída, porque, sempre que tentassem terminá-la, o teto dela desabaria, o que aconteceu novamente em 1872. Dizem que, devido a esse fato, até hoje a igreja está inacabada.

 

Contudo, o milagre que resultou numa maior devoção à santa aconteceu na região onde atualmente é Anápolis. Em 1870, dona Anna das Dores partiu de Jaraguá, onde vivia, para Bonfim, atual Silvânia, numa viagem de tropa de burros. Um desses burros levava as joias da família e uma imagem de Sant’Ana, por ter ela o mesmo nome da santa, era muito devota e não se separava dela. No percurso da viagem pararam para o pouso na região da fazenda das antas do Sr. Joaquim Rodrigues dos Santos. Dona Anna e toda a sua comitiva dormiram lá, mas quando foi pela manhã, quando deveriam sair rumo ao destino final, perceberam que faltava um dos burros. Depois de muito procurar, encontraram o burro deitado que não levantou por nada. Os tropeiros chamaram dona Anna e o Sr. Joaquim, ao chegarem viram que na bagagem daquele burro estava a imagem de Sant’Ana. Diante do fato, ficaram intrigados, mas logo entenderam que o burro estava empacado porque a santa queria ficar ali. Dessa forma, ajoelharam e disseram que construiriam uma igreja dedicada à Sant’Ana, naquela mesma hora, a carga voltou ao seu peso normal e o burro se levantou.

 

Este foi um momento de muita emoção para todos os presentes, de joelhos rezaram à santa piedosamente, o fazendeiro prometeu doar uma parte de sua terra para construir a Capela dedicada a Sant`Ana. Voltando para Jaraguá, dona Anna pediu que seu filho, Gomes de Souza Ramos, fosse àquele local e iniciasse a construção da igreja. Foi assim que nasceu a cidade de Anápolis. Logo após esse acontecimento, a notícia do milagre se espalhou por toda a região chegando à então capital, Vila Boa de Goiás, onde já se tinha uma igreja dedicada à santa. Quando a cidade de Goiás foi elevada à condição de diocese em 1826 pelo papa Leão XII, Sant’Ana foi escolhida como padroeira desta diocese e, sendo Goiás de maioria predominante católica, ela se tornou concomitantemente a padroeira do Estado, celebrada na sua festa litúrgica em 26 de julho.

 

 

Pe. Maximiliano Costa – Mestre em História

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