No dia 14 de outubro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) comemora 70 anos de sua criação, fundada em 1952, com o compromisso de “servir sempre mais”. A instalação da Conferência Episcopal aconteceu em uma reunião na cidade do Rio de Janeiro, no Palácio São Joaquim. Nessa reunião foi eleita a primeira comissão permanente que dirigiria a entidade, que foi composta por Dom Alfredo Vicente Scherer, Dom Mário de Miranda Vilas Boas e Dom Antônio Morais de Almeida Júnior.
O então bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Helder Câmara, foi quem idealizou a conferência e foi nomeado secretário-geral, e o cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, então arcebispo de São Paulo, foi eleito o primeiro presidente da CNBB por dois mandatos.
A CNBB tem como missão congregar os bispos da Igreja Católica no país, a exemplo dos apóstolos, conjuntamente e nos limites do direito, eles exercem funções pastorais em favor de seus fiéis e procuram dinamizar a própria missão evangelizadora, para melhor promover a vida eclesial.

Hoje a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil é dividida por regionais. Ao todo são 18 regionais. Atualmente a Igreja no Brasil conta com 479 bispos, sendo 318 bispos na ativa e 161 eméritos.
Segundo o ex-presidente da CNBB, o cardeal arcebispo emérito de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno, “A CNBB talvez seja a única conferência no mundo que saiu do Concílio Vaticano II com um Plano de Pastoral de Conjunto, elaborado pelos bispos do Brasil que estavam em Roma, marcado pelo espírito do Concílio. Isto é algo extraordinário!”. Para o cardeal Dom Sergio da Rocha, arcebispo de São Salvador e primaz do Brasil, que também foi presidente da instituição, este momento é de dar graças a Deus. “A CNBB com seus 70 anos é um dom precioso do amor de Deus para a Igreja no Brasil e, de modo especial, para cada bispo. Fazer parte da sua história, ser membro da CNBB é motivo de Ação de Graças a Deus, de gratidão sincera e de alegria.”
O arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, disse que ao comemorar estes 70 anos de criação da CNBB é uma oportunidade de aprofundar e ousar “novas respostas na tarefa de investir em uma Igreja sinodal, efetivamente de comunhão e participação, fecundos na missão”.
Marcos Paulo Mota