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A Beleza da Liturgia – II

A Beleza da Liturgia – II

O sentido estético, o sentido da beleza da liturgia, não depende, em primeiro lugar, da arte, mas do amor do

O sentido estético, o sentido da beleza da liturgia, não depende, em primeiro lugar, da arte, mas do amor do mistério pascal. Para cooperar com a liturgia, a arte precisa de ser evangelizada pelo amor. A beleza de uma celebração eucarística não depende essencialmente da beleza arquitetônica, dos ícones, das decorações, dos cantos, dos paramentos sagrados, da coreografia e das cores, mas, em primeiro lugar, da sua capacidade de deixar fazer transparecer o gesto de amor realizado por Jesus.

Por meio dos gestos, das palavras e das orações da liturgia, devemos reproduzir e fazer transparecer os gestos, a oração e a palavra do Senhor Jesus. Foi esse o mandamento que recebemos do Senhor: “Fazei isto em memória de mim”.

O estilo litúrgico, como o de Jesus, deve ser simples e austero. “Nas celebrações devemos tornar-nos, segundo os Padres do Concílio, mestres da arte da ‘nobre simplicidade” (SC 34). Na liturgia, o gesto é sempre acompanhado da palavra. Tudo se desenvolve, como diz o Concílio, por ritos e orações iluminados e vivificados pela palavra (cf. SC 48; 21; 59; 7; 24). Entretanto, a palavra e o gesto têm, ambos, necessidade de tempo e espaço.

O Verbo feito carne teve necessidade de tempo e de espaço para os seus gestos de salvação. A liturgia é o espaço de que Cristo tem necessidade para se exprimir e o tempo que lhe serve para ser narrado.

Mas, na liturgia, o espaço e o tempo estão submetidos à regra da ordem. Por sua natureza, a liturgia exige ordem. Com efeito, não há liturgia sem indicações dadas pelas rubricas, isto é, sem orientações da Igreja. Isso vem confirmado desde os mais antigos textos litúrgicos.

A beleza da liturgia é, por isso, o fruto da ordem. A quase totalidade dos livros da reforma litúrgica ostenta, como primeira palavra, o título ordo (ordem). A ordem requerida pela liturgia diz respeito a diversas realidades: o tempo, o espaço, as relações com os outros; ainda mais, a liturgia exige também ordem em nós próprios. Quarenta anos após SC, somos convidados a interrogar-nos:
Os ritos e os gestos que realizamos são verdadeiramente gestos de Cristo?

Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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