Dom Emanuel Gomes de Oliveira, em 1934, convidou as Irmãs Filhas de Maria Auxiliadora para abrirem uma casa em Anápolis. A finalidade dessa casa seria cuidar da educação feminina, pois, esta congregação tem por carisma um amor preferencial pela juventude, mediante a educação e evangelização em todas as fases da idade. Além disso, havia uma outra preocupação do bispo que era a atuação da educação protestante naquele lugar. Em sua carta à Madre Superiora ele disse: “a acção protestante maléfica que infelizmente ali assentou suas tendas com escola mixta para creanças, hospital com escola de enfermeiras, catechistas e etc.” (OLIVEIRA, 1934)¹

As obras educacionais protestantes o motivaram a buscar as irmãs salesianas para atuarem na cidade, como uma maneira de afirmar a presença da Igreja Católica, bem como uma tentativa de coibir essa ação, por meio da educação católica. Anápolis foi um dos focos mais importantes para o avanço do protestantismo em Goiás, principalmente no campo da educação. Logo, Dom Emanuel preocupou-se em trazer congregações religiosas para atuarem nesta cidade, sobretudo, na educação.

As irmãs salesianas aceitaram o convite de Dom Emanuel e chegaram a Anápolis em 1937, data em que assumiram a Escola Normal de Anápolis que, até então, era conduzida por leigos. As duas primeiras salesianas a assumirem esse trabalho foram irmã Thereza Quadros e irmã Zita Lanna. Em 1938 essa escola foi entregue de vez às irmãs salesianas, tornando-se a Escola Normal Nossa Senhora Auxiliadora. A prefeitura da cidade doou às irmãs um terreno contendo duas casas para sua residência e funcionamento da escola, posteriormente as religiosas compraram o terreno para ampliação da escola. Em 1943 a escola passou a se chamar Ginásio Auxilium.

A escola normal dedicava-se à formação das meninas, numa perspectiva tradicional, de acordo com os princípios católicos. Sendo assim, Anápolis nesta época teria duas escolas católicas, a Escola Normal e o Ginásio Arquidiocesano de Anápolis.

Fotos: Arquivo Colégio Auxilium