>
>
A fé não é quietude

A fé não é quietude

A fé é paixão, não quietude. Para nós o que é ter fé? É ter vida fácil, caminhar sem risco?

Foto da Catedral

A fé é paixão, não quietude. Para nós o que é ter fé? É ter vida fácil, caminhar sem risco? Não! É um risco, mas que não é por nossa conta, porque temos certeza de que avançamos com Ele, o Mestre. E diremos como São João da Cruz, místico de Ávila: “Se me colhe a tempestade e Jesus vai dormir na minha barca, nada temo, porque a Paz está comigo”!

 

A bela e tremenda cena da tempestade acalmada (cf. Mc 4,39) traz-nos à mente aquele fim de tarde do dia 27 de março de 2020, quando o papa Francisco, debaixo de uma chuva “miudinha”, atravessou sozinho a Praça de São Pedro, em plena explosão da pandemia, para nos fazer chegar à outra margem… A escolha deste Evangelho, para interpretar aquela hora dramática, deu voz à nossa esperança de que, apesar da tempestade, Deus continua a fazer germinar sementes de bem na humanidade.

 

Demo-nos conta então de estarmos todos no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas, ao mesmo tempo, todos importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos necessitados de mútuo encorajamento. E, neste barco, ninguém se salva sozinho. Deus é o Senhor do Universo e governa-o com o Seu poder e sabedoria. Contemplemos as maravilhas da natureza e reconheçamos humildemente a soberania absoluta de Deus e a sua admirável sabedoria: Deus sabe mais e os seus desígnios, que são sempre justos, ultrapassam a nossa pobre compreensão e os nossos acanhados pontos de vista.

 

Procuremos reavivar a nossa fé. São Paulo é para nós modelo de amor a Cristo. Convertido na estrada de Damasco procurou entregar toda a sua vida a Jesus. Sem olhar a sacrifícios e dificuldades pregou o Evangelho por muitos lugares, deixando-se conduzir pelo Espírito Santo. Podia, por isso, exclamar: o amor de Cristo nos pressiona. O seu desejo era que todos conhecessem e amassem a Jesus. Sentia o desejo de que todos vivessem para Cristo, que morreu e ressuscitou por eles, e se tornassem nele nova criatura.

 

Temos também que viver este amor a Cristo e trabalhar para que todos O amem de verdade. Não podemos cruzar os braços desanimados. A renovação do mundo depende do nosso amor a Jesus. As dificuldades que encontramos não podem levar-nos a cruzar os braços. O espetáculo de tantos que vivem afastados de Jesus, de tantos que o combatem promovendo um estilo de vida contrário ao cristianismo, em vez de desanimar-nos, há de incentivar a nossa ânsia de trabalhar mais por Ele, rezando, dando exemplo de fé e falando de Jesus. Tenhamos certeza, contudo, que ir com Cristo não é navegar em águas mornas. Mas, estejamos certos também que, apesar das tempestades, Deus está sempre conosco e continua a fazer germinar sementes de bem na humanidade.

 

Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

Compartilhe

Outras Notícias

Arquidiocese

Artigos e Formação, Notícias, Notícias da Arquidiocese
Notícias, Notícias da Arquidiocese, Tribunal Eclesiástico

Notícias das Paróquias

Notícias relacionadas

Notícias, Notícias da Arquidiocese

14 de maio de 2025

Notícias, Notícias da Arquidiocese

14 de maio de 2025

Notícias, Notícias da Arquidiocese

14 de maio de 2025

Continue navegando

Espiritualidade:

Sua experiência diária com a Palavra de Deus

Explore conteúdos que fortalecem sua caminhada e enriquecem
sua jornada de fé.

Receba as novidades da nossa Arquidiocese

Inscreva-se em nossa newsletter e fique por dentro dos avisos, eventos e mensagens especiais da Diocese.

Ir para o conteúdo