O casal coordenador do Setor Pós-Matrimonial da Pastoral Familiar na Arquidiocese de Goiânia, Niu Carvalho Cardoso e Adriana Ricci Gomes, conversou com o Vicariato para Comunicação sobre a importância da Semana Nacional da Família, os desafios e as perspectivas do trabalho da Pastoral Familiar.
O que nos propõe a Semana Nacional da Família neste ano com o tema “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”?
Propõe colocar nossas famílias a serviço do Senhor. Quando foi escolhido o tema para esta grande semana, não imaginavam que estaríamos passando por uma situação tão delicada, de pandemia, de isolamento social. No entanto, o subsídio Hora da Família nos impulsiona a construir, em nossos lares, verdadeiros cenáculos de oração, Igrejas domésticas; assim, fortalecidos espiritualmente, servir a partir da realidade primeira, a família e em família.
Muito se fala em Igreja doméstica. Como tem sido esse desafio? É perceptível a vivência da Igreja doméstica neste tempo? Como a Pastoral tem ajudado nesse sentido?
Temos observado por meio de testemunhos, repassados em nossos grupos nas redes sociais, que está sendo um período frutífero em relação à vida de oração, ao diálogo e à escuta da Palavra. Famílias que não possuíam o costume de tirar um tempo para o exercício espiritual estão se tornando famílias orantes, e outras que já tinham esse costume estão fortalecendo os laços em tempo de pandemia, criando outros momentos que não existiam em outros tempos, como a catequese em família.
Então, podemos dizer que sim, é perceptível a vivência da Igreja doméstica neste tempo de pandemia e a Pastoral tem contribuído, principalmente com famílias que se encontram em situação difícil, trabalhando com essa família o que está ao seu alcance. Grande ajuda temos encontrado em nossos sacerdotes que incentivam os fiéis a assistirem à Celebração Eucarística e fazer a comunhão espiritual, enviam novenas em família, expõem o Santíssimo com transmissão ao vivo e se colocam à disposição para confissão e direção espiritual.
O que espera a Pastoral Familiar Arquidiocesana com as iniciativas que pretende realizar nesta Semana Nacional da Família, como as lives? Perdemos ou ganhamos com as iniciativas não presenciais?
Pretendemos levar ao maior número de famílias a Palavra de Deus, fortalecendo a fé das famílias, principalmente as que estão passando dificuldades de toda a ordem. Com certeza, nós perdemos, pois, em situações normais, com a presença das pessoas, alcançamos um número e uma qualidade superior em comunicação e evangelização. O distanciamento promove obstáculos nas realizações de nossos serviços pastorais. Mas, diante da situação apresentada, estamos ganhando porque não deixamos de realizar a missão a nós confiada.
Como tem sido este ano de pandemia para a Pastoral Familiar?
Bastante desafiador. Tivemos que descobrir novas formas de evangelizar as famílias, por exemplo, a preparação de noivos para a vida matrimonial, que atualmente é realizada a distância e tem produzido bons frutos. Este ano, teríamos na arquidiocese, no primeiro semestre, dois momentos de formação, a 2ª e a 3ª fases do curso do INAPAF (Instituto Nacional da Família e da Pastoral Familiar). Com tudo o que está acontecendo, estamos agora realizando a 2ª fase por meio de plataformas digitais, mas com grande participação de agentes de nossa arquidiocese.
Como a pastoral se mobilizou para divulgar esta semana?
Com encontros em plataformas digitais e telefonemas. Aquisição do subsídio Hora da Família para os trabalhos nas paróquias. O trabalho desenvolvido pelo Vicariato para a Comunicação para divulgação nas redes sociais também nos ajudou bastante.
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Fúlvio Costa