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Assunção de Nossa Senhora

Assunção de Nossa Senhora

A Assunção de Nossa Senhora é um convite à fidelidade ao caminho de Deus

No dia 15 de agosto, celebramos a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Maria é elevada de corpo e alma aos céus. Para entendermos esse dogma, proclamado pelo papa Pio XII, em 1950, através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, entrevistamos a Irmã Sueli Cláudia de Araújo do Instituto Coração de Jesus. Ela nos explica mais sobre essa solenidade que celebramos, no Brasil, no dia 15 ou no primeiro domingo depois desse dia.

 

1 – Qual o significado da Assunção de Nossa Senhora para nós, cristãos?
A Assunção de Nossa Senhora, isto é, a glorificação do corpo da Mãe de Jesus, logo após a sua morte, significa, para nós, cristãos, um sinal de esperança segura e de conforto em nossa peregrinação neste mundo rumo à nossa pátria definitiva, que é a vida plena e eterna junto ao nosso Deus nos céus. Irmã Sueli Cláudia de Araújo

A glorificação de Maria nos dá a certeza, na fé, de que nosso esforço em viver a vontade de Deus neste mundo não é em vão − aliás, após o pecado de Adão e Eva, no Paraíso, viver a vontade de Deus é e sempre será um esforço −, pois, em Maria glorificada, podemos vislumbrar a realidade da Igreja, isto é, dos filhos de Deus, no tempo futuro, ou seja, na eternidade.

Assim, a Assunção de Maria significa para nós um convite à fidelidade ao caminho de Deus. Um convite a nunca desanimar diante das dificuldades, sobretudo neste tempo de pandemia que nos tem colocado inúmeros desafios e limites. Olhar para Maria glorificada por Deus torna-se, para nós, um consolo e sinal de esperança. Faz-nos lembrar que nosso Deus é amor infinito, pois Ele nunca nos abandona. Também nos faz lembrar que nosso Deus é um Deus Presente e atuante que nos convida a corresponder, como filhos amorosos, a essa constante presença.

 

2 – O que nos garante a Assunção de Nossa Senhora?
Pela Assunção de Maria, sabemos que Deus, por ter sido fiel, concedendo à Maria a glorificação após sua morte terrena, reserva, também para nós, no fim dos tempos, o pleno desabrochamento da semente da graça, isto é, a glorificação dos nossos corpos. A Assunção de Nossa Senhora é, para nós, garantia de que nossos esforços para corresponder à graça de Deus, dada a cada um de nós no Batismo, não será em vão, pois acreditamos que Deus nos dará uma vida plena junto de si.

 

3 – Maria foi elevada aos céus por ser a Mãe de Jesus ou por tudo o que ela fez em sua vida?
O fato de Maria ser elevada aos céus de corpo e alma diz respeito à peculiar benevolência do Pai; por conseguinte, não é um direito adquirido por Maria. Assim, por exclusiva iniciativa amorosa, Deus quis conceder a Maria, como também todas as demais dádivas, o coroamento da plenitude de graça, já dita pelo Arcanjo Gabriel na anunciação (cf. Lc 1,28), mediante sua glorificação corporal.

4 – A senhora poderia explicar os dogmas marianos e por que a Assunção de Nossa Senhora é um deles?
Para compreender os dogmas sobre Maria, Mãe de Deus, é preciso compreender que um dogma é uma verdade de fé, isto é, uma verdade definida pela Igreja, sobre a qual não se duvida mais. Contudo, o dogma não é uma invenção da Igreja. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, o dogma diz respeito a uma verdade contida na Revelação Divina. Quando é proclamado significa que já foi amadurecido na fé. Por isso, o papa, como chefe supremo da Igreja, pode defini-lo como verdade. O Catecismo diz também que “os dogmas são luzes no caminho da nossa fé, que o iluminam e tornam seguro”.

Assim, os dogmas marianos dizem respeito a verdades sobre Maria, sobre privilégios que ela recebeu de Deus por pura gratuidade. Os dogmas marianos são quatro: A Maternidade Divina, a Virgindade Perpétua de Maria, a Imaculada Conceição e a Assunção aos céus. Sobre essas verdades não se pode mais duvidar, pois elas, necessariamente, têm conexão com a Revelação Divina.

Também é fundamental entender que os dogmas sobre Maria falam também de Cristo: a Virgem recebeu esses privilégios (graças) em função de Cristo. Os dogmas também falam de nossa salvação: representam tarefas que Maria assumiu em proveito de toda a humanidade. Enfim, os dogmas falam da Virgem para falar de Jesus e também de nós.

O dogma da Assunção de Maria é a coroação de todos os privilégios que Maria recebeu em virtude da Redenção realizada por seu Filho Jesus. Pois, concedendo a Maria viver, em todo o seu caminho terreno, sob o influxo da graça santificante, isto é, agir conforme a vontade e o amor de Deus, no final deste caminho, Deus quis completar sua obra em Maria, concedendo a ela o que concederá a todos nós, cristãos, no fim dos tempos, isto é, a glorificação do seu corpo.

 

5 – A Assunção de Nossa Senhora é citada na Bíblia?
Há alguns textos que pretendem alguma alusão à Assunção de Maria. Por exemplo: Gn 3,15, Lc 1,28 e Ap 12,1. Contudo, nenhum deles prova a glorificação corporal de Maria. Todavia, a Revelação Divina deve ser tomada como um todo, com a via oral e a via escrita, pois a Palavra oral, que chamamos Tradição oral da Igreja, não pode ser dissociada da Sagrada Escritura. E foi sobre essas duas vias que Pio XII quis fundamentar a definição do dogma da Assunção de Maria.

 

6 – Qual a diferença da Assunção de Maria para a Ascensão de Jesus?
Aqui podemos responder simplesmente que a Ascensão de Jesus, o Filho Deus, é sua subida aos céus por suas próprias forças. Enquanto que Maria, sendo criatura, não pôde subir aos céus por própria força; por isso, ela foi elevada aos céus pela graça de Deus.

 

Marcos Paulo Mota

 

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