>
>
Comemoração dos Fiéis Defuntos – 02 de novembro de 2024

Comemoração dos Fiéis Defuntos – 02 de novembro de 2024

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 15,20-24a.25-28 Irmãos: Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. Com

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios 15,20-24a.25-28

Irmãos:
Cristo ressuscitou dos mortos
como primícias dos que morreram.
Com efeito, por um homem veio a morte
e é também por um homem
que vem a ressurreição dos mortos.
Como em Adão todos morrem,
assim também em Cristo todos reviverão.
Porém, cada qual segundo uma ordem determinada:
Em primeiro lugar, Cristo, como primícias;
depois, os que pertencem a Cristo,
por ocasião da sua vinda.
A seguir, será o fim,
quando ele entregar a realeza a Deus-Pai.
Pois é preciso que ele reine até que
todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés.
O último inimigo a ser destruído é a morte.
Com efeito, "Deus pôs tudo debaixo de seus pés".
Mas, quando ele disser: "Tudo está submetido",
é claro que estará excluído dessa submissão
aquele que submeteu tudo a Cristo.
E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele,
então o próprio Filho se submeterá
àquele que lhe submeteu todas as coisas,
para que Deus seja tudo em todos.
Palavra do Senhor.

 

Meu irmão, minha irmã. Celebramos hoje a comemoração de todos os fiéis defuntos. É Finados. A liturgia nos oferece diferentes leituras para as missas de hoje. Optamos por comentar a passagem de 1 Coríntios 15,20-24a e 25-28, que trata da ressurreição dos mortos, um tema central na primeira epístola aos Coríntios, onde São Paulo aborda a natureza da ressurreição de Cristo e suas implicações para os crentes. No versículo 20, São Paulo afirma: “Mas de fato, Cristo ressuscitou dos mortos, sendo as primícias dos que dormem”.

 

 A expressão “primícias” indica que a ressurreição de Cristo é o primeiro exemplar e a garantia da ressurreição futura de todos os que creem. A ideia de “dormir” refere-se ao estado dos mortos, mostrando que, para os crentes, a morte não é o fim, mas um estado temporário. Nos versículos 21 e 22, São Paulo estabelece a relação entre a queda de Adão e a redenção em Cristo: “Pois, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo”.

 

A morte entrou no mundo através de Adão, mas a vida eterna é oferecida através de Cristo, enfatizando o contraste entre a morte e a vida, e a universalidade da redenção. No versículo 23, São Paulo ordena a ressurreição em duas etapas: Cristo, como primícias; depois, na sua vinda, os que pertencem a Cristo. Esta estrutura não só confirma a centralidade de Cristo na história da salvação, mas também aponta para uma escatologia que espera o retorno do Senhor e a ressurreição dos justos.

 

Nos versículos 25 a 28, São Paulo continua a argumentação, afirmando que Cristo deve reinar até que todos os inimigos sejam colocados debaixo de seus pés. O versículo 25 cita o Salmo 110, versículo 1º, ressaltando que a soberania de Cristo é estabelecida através de sua ressurreição e ascensão. O último inimigo a ser destruído é a morte, como mencionado no versículo 26, enfatizando a vitória final sobre o mal e a restauração da ordem criada.

 

 O versículo 27 cita o Salmo 8, onde é afirmado que “tudo submeteu debaixo dos pés”. A citação é importantíssima, pois São Paulo esclarece que a única exceção à subordinação de todas as coisas a Cristo é Deus Pai, que o submeteu. Essa distinção é importante para a teologia trinitária, pois reafirma a autoridade de Deus Pai sobre o Filho, mesmo na sua função redentora.

 

Finalmente, o versículo 28 conclui que, uma vez que todas as coisas estiverem sujeitas a Cristo, Ele mesmo se submeterá àquele que tudo lhe submeteu, a fim de que Deus seja tudo em todos. Essa expressão indica a consumação da obra redentora, onde o reino de Deus é plenamente estabelecido e a unidade da criação em Cristo é realizada. O texto, portanto, enfatiza a centralidade da ressurreição de Cristo, sua soberania sobre toda a criação e a esperança da ressurreição para os crentes, culminando em um futuro glorioso onde Deus será plenamente reconhecido e adorado.

 

+ Dom João Justino de Medeiros Silva
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

Compartilhe

Outras Notícias

Notícias da Arquidiocese

Arquidiocese

Notícias da Arquidiocese

Notícias das Paróquias

Notícias, Notícias da Arquidiocese, Notícias das Paróquias

Notícias relacionadas

Notícias da Arquidiocese

15 de setembro de 2025

Notícias da Arquidiocese

08 de setembro de 2025

Notícias da Arquidiocese

08 de setembro de 2025

Continue navegando

Espiritualidade:

Sua experiência diária com a Palavra de Deus

Explore conteúdos que fortalecem sua caminhada e enriquecem
sua jornada de fé.

Receba as novidades da nossa Arquidiocese

Inscreva-se em nossa newsletter e fique por dentro dos avisos, eventos e mensagens especiais da Diocese.

Ir para o conteúdo