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Comunhão na Igreja: Semente de Paz na Terra

Comunhão na Igreja: Semente de Paz na Terra

“Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens que ele ama!” (Lc 2,14). Essa

“Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens que ele ama!” (Lc 2,14). Essa aclamação feita pelos anjos, na Noite de Natal, ressoa de muitos modos em nós, neste tempo. Cristo veio ao mundo para dar glória ao Pai e estabelecer a paz no coração humano: paz com Deus, pelo perdão dos pecados e pela possibilidade de cumprir seu desígnio de salvação; e paz com o próximo, graças ao amor fraterno e à justiça, elevados pela ação do Espírito Santo. Ele é a nossa paz (Ef 2,14): paz para o espírito e para a sociedade.

 

A Igreja, sendo sinal e instrumento da íntima união dos homens com Deus e entre eles mesmos (Lumen Gentium, 1), é verdadeira continuadora desse anúncio. Sua vida, em todos os âmbitos, deve ser um anúncio daquela plenitude dos dons divinos que só pode ser alcançada quando há comunhão com Deus e com os irmãos. Há muito tempo, percebeu-se que essas duas ordens de relações não podem ser separadas. Nunca há comunhão com Deus, se não há comunhão com o próximo. Do mesmo modo, a comunhão com o próximo não é verdadeira nem sólida se não se funda em uma verdadeira comunhão com Deus.

 

Para ser sinal e instrumento da paz anunciada pelos anjos para toda a humanidade, a Igreja deve primeiro dar o exemplo, vivendo a comunhão entre seus membros. Não é por acaso que o primeiro dever de cada fiel, elencado no cânon 209 do Código de Direito Canônico, é descrito assim: “Os fiéis são obrigados a conservar sempre, também no seu modo de agir, a comunhão com a Igreja”. Mantendo a comunhão com a Igreja, mantém-se a comunhão com Deus e com o próximo. É um dever fundamental, portanto.

 

Alguém que é batizado está em comunhão com a Igreja se professar a mesma fé que ela, estiver em dia com sua vida sacramental e unido em comunhão e obediência aos legítimos pastores: o papa, o bispo e até o pároco, naquilo que lhes compete. Esses são os chamados vínculos visíveis de profissão de fé, de sacramentos e de hierarquia. É comunhão vital, que deve ser mantida em cada manifestação da vida individual e social, apesar de qualquer preferência ou aversão pessoal e mesmo nas redes sociais. Depende do modo de agir, não de sentimentos românticos.

 

Há uma segunda parte no mesmo cânon que diz assim: “Cumpram com grande diligência os deveres a que estão obrigados para com a Igreja universal e para com a Igreja particular à qual pertencem”. Para alguém pode parecer estranho pensar que possui deveres diante das estruturas humanas da Igreja. Elas fazem parte do mistério de salvação desejado e realizado por Cristo. A vocação e a missão de um cristão nunca são desgarradas dessas estruturas.

 

Quando nos empenhamos em cumprir o Evangelho no cotidiano, estamos sempre cooperando com a ação dos anjos e santos, auxiliando a purificação dos irmãos que estão no purgatório, participando da edificação do Reino de Deus nesta terra. Tudo isto é muito belo, mas se não tiver um elo de comunhão com aquela estrutura encabeçada pelo papa e pelo bispo, não está pisando no chão da vida.

 

Deixemos que o anúncio dos anjos ressoe em nós e produza obras concretas. Mais ainda, que a grande comunidade de amor, a Igreja, que surgiu com aquela paz “aos homens que ele ama”, encontre em nós um auxílio concreto e fiel. Demos nós o exemplo de uma paz ativa! Que nossa atuação concreta componha o rosto da Igreja, no qual deve refletir cada vez mais a beleza de Deus e a paz que ele instaura entre seus amados.

 

Pe. Pedro Mendonça Curado Fleury
Formador no Seminário Santa Cruz e membro da Unijuc

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