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Comunicação Não-Violenta

Comunicação Não-Violenta

A arte da comunicação sem violência

Comunicar é transmitir e receber ideias. Aprimorar conhecimentos e compartilhar informações. Essa “ação favorece a partilha de um dom ou dever recíproco entre os membros de uma sociedade. A comunicação tem como objetivo primordial criar comunhão, estabelecer vínculos de relações, promover o bem comum, o serviço e o diálogo na comunidade” (Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, 13).

 

Existem formas de se comunicar, tais como: comunicação verbal, não verbal, escrita e visual. Mas hoje vamos falar sobre Comunicação Não-Violenta (CNV). Você sabe o que isso significa? A CNV é uma proposta baseada na filosofia da não-violência e de vários outros estudos. Ela foi estruturada pelo psicólogo e professor norte-americano, Marshall Rosenberg. Para entendermos melhor esse assunto, conversamos com Maria Aparecida de Oliveira, psicóloga clínica e mestra em Psicologia do Desenvolvimento Humano.

 

A CNV é uma integração entre comunicação, linguagem e pensamento. Permitindo que as pessoas desenvolvam uma forma de expressão autêntica e uma escuta empática. Ajudando no desenvolvimento pessoal, espiritual, nas relações familiares e na formação de lideranças. “A proposta é que essa maneira de comunicar nos faça entender as raízes da violência. Tanto da violência estrutural, quanto da violência visível que são as que a gente assiste no dia a dia entre nós e nas mídias sociais. Então, a CNV nos ajuda a entender de onde vem essa violência e a desenvolver um modelo de linguagem, de pensamento e de ação que nos conecta e diminui a violência”, explica a psicóloga. Maria Aparecida de Oliveira

 

A Comunicação Não-Violenta é um processo que valoriza e cuida do respeito mútuo e da cooperação. Esse tipo de linguagem nos ensina a expressar de uma forma que o outro nos escute. Então, “a CNV tem um valor fundamental para as nossas relações. Para as nossas relações intrapessoais, que é como eu me comunico comigo mesmo, nas relações interpessoais e no nível sistêmico”. A psicóloga destaca que, se aprendermos e ensinarmos as pessoas a crescerem com essa linguagem, estaremos ajudando a construir uma sociedade diferente.

 

O Papa Francisco, em sua Mensagem para o 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais, ressalta que a escuta é condição da boa comunicação. “Há um uso do ouvido que não é verdadeira escuta, mas o contrário: o espionar. De fato, uma tentação sempre presente, mas que neste tempo da rede social parece mais assanhada, é a de procurar saber e espiar, instrumentalizando os outros para os nossos interesses.”

 

O Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil, escrito em 2014, já nos trazia a reflexão sobre comunicar por meio das redes sociais, onde temos, com muita facilidade, acesso a diferentes “países, culturas e religiões”. Bento XVI, em sua Mensagem para o 45º Dia Mundial das Comunicações, em 2011, já alertava que as mídias “quando usadas sabiamente, podem contribuir para satisfazer o desejo de sentido, verdade e unidade que é a aspiração mais profunda do ser humano”.

 

Ainda na Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano, o Papa Francisco afirma que em muitos diálogos não há efetivamente comunicação, “estamos simplesmente à espera que o outro acabe de falar para impor nosso ponto de vista”. De acordo com a psicóloga, a violência tem acontecido, principalmente, nas redes sociais, quando temos divergências de opiniões. A nossa tendência é “rotular ou julgar” e “isso aumenta a nossa raiva”. Com esse sentimento queremos resolver o problema, destruindo o outro, fazendo dele o nosso inimigo.

 

Elementos para uma Comunicação Não-Violenta

1. Aprender a observar ao invés de julgar;

2. Tomar consciência dos nossos sentimentos;

3. Falar de forma clara sobre o que eu estou precisando;

4. Pedir ao invés de exigir.

Para praticar uma Comunicação Não-Violenta é preciso que haja uma intenção. Após isso, devemos buscar uma autoconexão, ou seja, entender o que se passa conosco, nossos pensamentos, sentimentos e necessidades. Depois, precisamos ter empatia e entender o outro em suas necessidades.

A próxima parte é usar os quatro elementos para entender o outro. “O que ele está falando? O que está sentindo? Quais necessidades ele quer atender?”. Ao olhar para este contexto, podemos gerar hipóteses e, então, falar com o outro sem julgamentos.

 

 

Gabriela Rodrigues e Larissa Costa

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