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23/10/2024
Parabéns, Goiânia!
91 anos sob a proteção de Nossa Senhora Auxiliadora
Quinta-feira, 24 de outubro, a cidade de Goiânia completa 91 anos. Em comemoração ao aniversário da capital de Goiás, o Arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, vai celebrar Santa Missa em ação de graças, às 19h, na Catedral Metropolitana.
Vamos relembrar a história de nossa capital.
A Igreja e a fundação de Goiânia
A cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás, foi fundada em 24 de outubro de 1933. Mas desde a Proclamação da República, em 1889, a transferência da capital goiana da cidade de Goiás era estudada. Em 20 de dezembro de 1932 foi nomeada uma comissão por Decreto do Interventor Pedro Ludovico Teixeira, cujo presidente era o arcebispo de Goiás, Dom Emanuel Gomes de Oliveira. “Ao aceitar o convite, Dom Emanuel solicitou que, após a mudança da sede administrativa do Estado, fossem garantidos à Cidade de Goiás os meios para se manter e progredir”, é o que diz o telegrama de Dom Emanuel a Pedro Ludovico, em 30 de dezembro de 1932.
Relembrar as origens de Goiânia é destacar dois grandes acontecimentos nos quais se edifica a cidade: a consagração à materna proteção de Nossa Senhora Auxiliadora e a adoração eucarística a Jesus Cristo. A Igreja acompanhou com zelo e cuidado a criação da nova capital, sendo testemunha e coadjuvante no processo.
Na Carta Pastoral de Dom Washington Cruz, “Deus te abençoe, Goiânia!”, vemos que “no dia 27 de maio de 1933, quando da roçagem do local da futura cidade, o padre Conrado Kolman, da comunidade redentorista de Campinas, celebrou a primeira missa, à sombra de frondosa árvore e o canto foi entoado pelas alunas do Colégio Santa Clara”, que este ano celebra seu centenário.
Em 24 de outubro deste mesmo ano aconteceu o lançamento da pedra fundamental de Goiânia. O padre redentorista Agostinho Folster, “celebrou a Eucaristia evocando Cristo, a rocha, a pedra fundamental de nossa fé”. Aconteceu também, em 5 de julho de 1942, o Batismo Cultural de Goiânia. “O ponto alto das comemorações foi a Missa Solene presidida por Dom Emanuel Gomes de Oliveira, arcebispo de Goiás. Na celebração eucarística, ocorrida na Praça Cívica, após o Evangelho, Dom Aquino Correia, arcebispo de Cuiabá e membro da Academia Brasileira de Letras, ascendeu à tribuna e proferiu bela e emocionante oração congratulatória. “O alicerce eucarístico da cidade foi ainda mais explicitado em 1948, com a realização do Congresso Eucarístico em Goiânia. E se pereniza no tempo, como manifestação pública, com a celebração do Corpus Christi, realizada na Praça Cívica” (Trechos retirados da Carta Pastoral “Deus te abençoe, Goiânia!”, de 24 de outubro de 2013, de Dom Washington Cruz).
Nossa Senhora Auxiliadora, Mãe de Goiânia
A escolha da padroeira de Goiânia e também da Arquidiocese aconteceu por intermédio de Dom Emanuel, arcebispo de Goiás. “Em 24 de maio de 1935 foi lançada a pedra fundamental da nova Catedral, para que, assim, iniciasse a sua construção. A data escolhida tinha um valor simbólico, pois era o Dia de Nossa Senhora Auxiliadora. Dom Emanuel Gomes de Oliveira, arcebispo de Goiás, era salesiano. Logo, ele tinha uma fiel devoção a Nossa Senhora Auxiliadora, devido a sua congregação religiosa. Assim, escolheu este título de Nossa Senhora para a nova Catedral que seria construída”, como explica o padre Maximiliano Costa, mestre em História vigário episcopal do Vicariato para a Cultura e Educação.
A Bênção do primeiro templo religioso de Goiânia foi oficiada por Dom Emanuel Gomes. “A Santa Missa, celebrada pelo Monsenhor Abel, foi à sombra de uma árvore do Cerrado. O altar rústico estava encimado por um singelo quadro da Virgem Auxiliadora. Era intenção da paraninfa da solenidade, Dona Gercina Borges Teixeira, esposa do Senhor Interventor, colocar sob o patrocínio da Virgem Auxiliadora a cidade que seria a nossa bela Goiânia. Isso com o beneplácito jubiloso do Senhor Arcebispo que, como bom salesiano, ficou feliz em ter ‘a Virgem de Dom Bosco’ como Padroeira da Cidade e da Arquidiocese de Goiânia” (Palavras usadas para descrever esse importante momento foram ditas pelo saudoso Monsenhor Nelson Rafael Fleury, em seu livro Notas históricas, 2007).
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