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10/12/2024

Papa cria 21 novos cardeais e os exorta a serem testemunhas da fraternidade e artesãos da comunhão

Papa cria 21 novos cardeais e os exorta a serem testemunhas da fraternidade e artesãos da comunhão - Notícias - Arquidiocese de Goiânia

Emocionado e de joelho, dom Jaime Spengler, o arcebispo de Porto Alegre (RS), presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Episcopal Latino-americano e Caribenho (Celam), foi o nono cardeal a receber das mãos do Papa Francisco neste sábado, 7 de dezembro, o barrete cardinalício, o anel e a atribuição do título da Igreja de São Gregório Magno, na Via Magliana Nova, no Consistório Ordinário Público. 

 

 

A cerimônia marcou a entrada de 21 novos membros no Colégio Cardinalício, que são os colaboradores mais próximos do Papa e os responsáveis pela eleição de um novo bispo de Roma no caso de um Conclave. O mais idoso, aos 99 anos, a receber o título de cardeal foi o arcebispo Angelo Arcebi, prelado da Soberana Ordem Militar de Malta e decano dos núncios apostólicos na Santa Marta.

 

“Na interioridade do homem habita Cristo”

Em sua reflexão, durante a cerimônia, o Papa Francisco exortou os purpurados a pensarem para onde estão indo o seu coração hoje? E exortou os cardeais a voltarem o seu coração ao senhor e ao seu próprio coração, onde se encontra a imagem de Deus. “Na interioridade do homem habita Cristo. É necessário retornar ao coração para voltar ao mesmo caminho de Jesus. É disto que precisamos”, disse o Santo Padre.

 

Aos que receberam o cardinalato, o Sumo Pontífice pediu o cuidado de caminhar na estrada de Jesus. “Voltes para Ele e O coloque no centro de tudo. Não vamos nos concentrar no que é acessório. Não deixemos nos orientar pelas superficialidades frente ao que realmente importa. Jesus é centro de gravidade de todo nosso serviço e o ponto cardeal da nossa vida”, disse.

 

O Santo Padre pediu também aos cardeais para cultivarem a paixão do encontro ao invés de se isolarem dos acontecimentos e dores do mundo. “Desejamos que todos se sintam à vontade na família eclesial, sem exclusivismos ou isolamentos nocivos que prejudicam a caridade na unidade. O Senhor os chama a ser testemunhas da fraternidade, artesãos da comunhão e construtores da unidade”, reforçou.

 

 

O Papa convidou os cardeais a seguirem os caminhos de Jesus que veio curar a dor do mundo, quebrar o pecado da escravidão e encontrou-se com o rosto das pessoas marcadas pelo sofrimento, levantou os caídos, curou os doentes, enxugou as lágrimas dos que choram e curou os de coração atribulado. E chamou os purpurados à aventura da estrada, ao encontro com o outro e o cuidado aos mais frágeis. “Ao longo da estrada a Igreja começou. Ao longo das estradas do mundo, a Igreja continua. Caminhar na estrada de Jesus significa ser construtor de comunhão e da unidade”.

 

Rito da criação de novos cardeais

O Consistório tem um rito próprio. O Papa Bento XVI, em um de seus consistórios realizados, disse que o rito “exprime o valor supremo da fidelidade”. Destacam-se na cerimônia a imposição do barrete cardinalício, uma peça do vestiário litúrgico na cor vermelha usa sobre a cabeça dos cardeais; a entrega do anel e a atribuição do título ou da diaconia.

 

 

O rito é estruturado da seguinte forma:

Canto inicial;

Oração;

Leitura do Evangelho;

Meditação do Papa, seguida de silêncio para reflexão pessoal;

Leitura da fórmula de criação e proclamação dos nomes dos novos cardeais, seu título ou diaconia;

Profissão de fé e o juramento de fidelidade;

Entrega das insígnias: cada novo cardeal se aproxima do Papa e se ajoelha diante dele para receber o barrete cardinalício, o anel e a atribuição do título ou diaconia;

Entrega da bula de criação dos cardeais e da atribuição do Título ou Diaconia;

Beijo da paz;

Oração dos fiéis e a recitação do Pai-Nosso 

Benção final

 

CNBB

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