O Congresso Internacional Concílio Vaticano II: 60 anos a caminho da esperança foi encerrado na noite desta quarta-feira, 10 de dezembro, com balanço positivo e um chamado à continuidade das reflexões.

Reunindo participantes de dioceses, arquidioceses, pastorais, institutos e universidades de várias regiões do país e conferencistas internacionais, o evento celebrou as seis décadas de encerramento do concílio, além de reafirmar sua atualidade para a Igreja contemporânea.

Reitora da PUC Goiás, a profa. Olga Izilda Ronchi avaliou o congresso com entusiasmo e reconheceu a amplitude de sua repercussão. Ela também afirmou que é preciso promover outros momentos formativos e celebrativos, já que o Concílio é sempre contemporâneo.

“Embora tenha se encerrado há 60 anos, ele significou uma revolução profunda na Igreja. Ele é sempre atual e sempre desafiador. O concílio nos convoca a fazer uma leitura dos sinais dos tempos, e os sinais dos tempos não se esgotam. Cada realidade se inova”, refletiu.

A profa. Olga recordou ainda a metáfora usada por João XXIII ao convocar o Vaticano II. “É uma janela que se abriu na Igreja para ver o mundo e deixar que o mundo visse a Igreja por dentro”, disse. E completou: “É uma janela que nunca se fechou, porque o Espírito Santo age na Igreja e age no mundo também pelo papel evangelizador tão importante da Igreja Católica”.

Para a reitora, as universidades têm papel decisivo na continuidade desse legado. “As universidades têm um papel fundamental para promover esse debate”, afirmou, ressaltando que não se trata apenas de discutir, mas de buscar de fato  uma atualização.

 “O Concílio Vaticano II é uma necessidade para as leituras possíveis da realidade atual e para a missão evangelizadora da Igreja nesse mundo de hoje”, concluiu.

“A riqueza está nas reflexões que foram trazidas”, afirma Dom João Justino

O arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom João Justino, também ressaltou o êxito do congresso e agradeceu a todos os envolvidos na organização e nas contribuições acadêmicas e pastorais. “Estamos muito felizes com a realização deste congresso internacional. Foi muito exitoso”, afirmou.

Ele destacou o valor das conferências, mesas-redondas e comunicações científicas, bem como das interações que enriqueceram cada sessão. “Essa é a parte mais rica do congresso: o conjunto da reflexão que foi trazida e enriquecida pelas perguntas e intervenções”.

Ao abordar os frutos do evento para a Igreja de Goiânia, Dom João Justino foi enfático quanto à necessidade de retomar e valorizar os documentos conciliares.

“Eu desejaria muito que as nossas comunidades, nossos agentes de pastoral, nosso clero, tivessem sempre muita atenção com os textos do concílio […] é preciso a disposição para ir às fontes, ler os textos”, incentivou.

Para o arcebispo, mesmo após 60 anos, as constituições, decretos e declarações do Vaticano II conservam “grande potência para iluminar o momento que estamos vivendo da história”.

Dom João também recordou que quem não pôde acompanhar o congresso terá acesso às conferências, que devem ser publicadas. “Quem não participou perdeu uma oportunidade muito especial, mas poderá ler as intervenções tão logo sejam publicadas”, afirmou.

O Congresso Internacional Concílio Vaticano II: 60 anos a caminho da esperança foi uma realização da Arquidiocese de Goiânia, da PUC Goiás e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ao longo de três dias de programação, de 8 a 10 de dezembro, ofereceu conferências, mesas-redondas, sessões temáticas, celebrações e momentos culturais, todos pensados para iluminar as reflexões à luz do Concílio Vaticano II.

Matéria: Belisa Monteiro

Fotos: Rudger Remígio