A Arquidiocese de Goiânia realizou, no Auditório Mãe da Igreja na Cidade da Comunhão, o curso de canto litúrgico em preparação para o Natal. A coordenadora do Canto Litúrgico Leonice Ângela iniciou as atividades ensinando aos presentes técnicas de respiração. “Se vocês não cantam usando essa respiração, vocês vão ficar ofegantes, o ar vai acabar antes da hora, com o tempo vocês terão calos nas cordas vocais”, explicou. A cantora Marilourdes de Andrade ensinou técnicas de aquecimento corporal.
O curso de canto litúrgico é feito sempre com antecedência para o tempo destinado, para que seja celebrado plenamente. O professor de Música e Liturgia, do Projeto Cantando a Liturgia, José Reinaldo, salientou a importância dessa preparação antecipada. “Depende do nosso ministério uma celebração frutuosa, plena e pia por parte da assembleia. Então como é possível que nós, antes de todos os outros, não estejamos celebrando de maneira plena, piedosa e ativa”.
Além disso, o professor salientou a importância de os que se dedicam ao Ministério da Música seguirem fielmente os cantos que o folheto litúrgico propõe. Porém, em celebrações especiais como festa do padroeiro e nas celebrações semanais, os músicos precisam saber escolher de forma certa os cantos litúrgicos, pois, apesar de muitos serem considerados bonitos, eles não são próprios para as celebrações. “Os cantos litúrgicos e a liturgia têm que nos elevar a Deus e não nos amarrar ainda mais nos nossos sentimentos e nas nossas emoções”, explicou ele.

Ele falou ainda que é importante deixar o egoísmo de lado e aquilo que o “eu” acha bonito ou tocante e seguir o seguinte tripé: princípio Ritual, princípio bíblico e princípio comunitário, para escolher o canto litúrgico da forma como a Igreja propõe. O professor José Reinaldo explicou ainda que há músicas que são próprias do tempo litúrgico e não devem ser cantadas o ano inteiro.
Para finalizar o encontro, o coordenador de liturgia padre João Batista falou da importância dos padres para que os cantos litúrgicos sejam respeitados. “Nós padres e vocês somos lá em nossa comunidade os guardiões da liturgia, principalmente do canto. Quando nós padres autorizamos o coral a mudar e colocar qualquer outro canto, significa que nós não estamos cumprindo esse princípio de ser um guardião da liturgia ali”, concluiu.
Suzany Marques