O dia 26 de setembro é marcado como Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares. A data foi estabelecida em 2014 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de informar sobre os perigos das armas nucleares e as vantagens econômicas e sociais da eliminação total dessas armas.

De acordo com a ONU, o mundo tem mais de 12,7 mil armas nucleares. Na mensagem que marca o dia para a eliminação das armas nucleares, António Guterres, secretário-geral da ONU, diz que “eliminar esses dispositivos de morte não é apenas possível, é necessário”. Ele ainda lembrou, na mensagem, que as pessoas estão esquecendo das terríveis lições dos bombardeios atômicos que aconteceram em 1945 nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

No discurso do Papa Francisco sobre armas nucleares, na Viagem Apostólica à Tailândia, em novembro de 2019, ele destaca que “um mundo em paz, livre de armas nucleares, é aspiração de milhões de homens e mulheres em toda a terra”. Para que isso seja uma realidade, o Pontífice explica que é preciso que todos participem, inclusive os estados que possuem armas nucleares e os que não possuem. “Com a convicção de que é possível e necessário um mundo sem armas nucleares, peço aos líderes políticos para não se esquecerem de que elas não nos defendem das ameaças à segurança […] É preciso ter em consideração o impacto catastrófico do seu uso.”

Na Audiência Geral do último dia 21, sobre a Viagem Apostólica ao Cazaquistão, o Papa Francisco reconheceu as escolhas positivas do país. “Num momento desta trágica guerra onde alguns pensam em armas nucleares – uma loucura – este país já desde o início disse ‘não’ às armas nucleares”. Também no dia 26 de setembro, pelo Twitter, ele fez um novo apelo pelo fim das armas nucleares. “Desejo reiterar que o uso da energia atômica para fins de guerra é, hoje mais do que nunca, um crime não só contra o homem e sua dignidade, mas contra toda a possibilidade de futuro na nossa casa comum.”

Larissa Costa