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Dom Moacir reflete a respeito da família

Dom Moacir reflete a respeito da família

A família, como vai?

Neste sábado 17, encerra-se a Semana Nacional da Família, na Arquidiocese de Goiânia. O encerramento será no domingo, 18, com Santa Missa às 17h, no Santuário Sagrada Família, com o tema “A família, como vai?”. A semana teve início no dia 11 de agosto, e foi um chamado, na Igreja do Brasil, para uma reflexão sobre realidade da família em nossos tempos e a busca de práticas que possam colaborar na defesa e no cuidado das famílias, que, segundo o papa Francisco em sua intenção de oração para o mês de agosto, são “escolas do amanhã”.

 

Em entrevista, o bispo auxiliar Dom Moacir Silva Arantes, coordenador de Pastoral da Arquidiocese de Goiânia e bispo referencial da Pastoral Familiar do Regional Centro-Oeste da CNBB, faz considerações sobre esse tema.

 

Dom Moacir, por que é importante refletir sobre a família na vida da Igreja e na sociedade?

É importante refletir sobre a família na vida da Igreja e na sociedade porque a família é um dom de Deus. Ao criar o ser humano, Deus o criou homem e mulher, capazes de amor e complementariedade e de gerar, por sua união, novas vidas e, por seu amor e fé, de educar essas novas vidas no amor e para o amor. Assim, a família, para nós, não é uma criação sociológica que pode ter seu sentido modificado ao gosto de quem o quiser. A família é uma realidade maior, mais profunda e mais significativa: é o lugar criado por Deus para a vida ser gerada, amada, cuidada, protegida em vista da realização de sua missão que é a amizade com Deus, a santidade e a salvação.

Como a família influencia o meio em que vive e sofre influências desse meio, é preciso também entender que a missão da família é interagir no ambiente social para a construção de uma sociedade mais fraterna, em que cada pessoa, na esfera familiar, seja protegida, amparada, respeitada e valorizada.

 

Qual a importância e o papel de cada membro de uma família?

A família se manifesta nas diversas relações de cuidado e de corresponsabilidade que seus membros exercem. Acredito que a família deve ser compreendida como o lugar do cuidado da pessoa humana e cada um cuidará do outro a partir de sua experiência de amor. O amor vem de Deus e se manifesta em nós como dom e tarefa a partir do significado de cada pessoa na vida uma da outra. Temos o amor conjugal, o amor paternal, o amor maternal, o amor filia, o amor fraternal. Nessas relações existem sim papéis que, assumidos pelos membros da família, a edificarão, ainda mais, na sua capacidade de realizar sua missão tanto no seu ambiente doméstico como também em relação às realidades externas a ela.

 

De que modo os cristãos católicos devem lidar com algumas realidades, cada vez mais frequentes na família, como mães sozinhas, pais sozinhos, netos criados pelos avós…?

Jesus nos dá o caminho para lidar com todas as situações que envolvem as pessoas nas suas realidades familiares: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei". O amor nos ajuda a encontrar respostas e caminhos para as situações mais difíceis, sem nunca abandonar, explorar, oprimir e desrespeitar as outras pessoas. Cada família deve viver sua pertença à grande família espiritual da qual seus membros fazem parte – a Comunidade, a Igreja – e nessa comunidade sentirem-se acolhidas para vencerem seus traumas, superarem seus medos, conquistarem seus sonhos dentro do projeto de Deus. Assim, também a Igreja oferece através das diversas pastorais (da Criança, da Pessoa Idosa, Pastoral Familiar, e outras pastorais sociais) o apoio para as diversas situações em que as pessoas vivem.

 

Para o senhor, quais as práticas e valores são fundamentais para uma família caminhar na fé?

Acredito naquilo que o Santo Padre, o Papa Francisco, já ensinou às famílias: a prática do respeito, da tolerância, da paciência, da solidariedade, da misericórdia, da oração e da participação na vida da comunidade. Gosto também de lembrar aquelas expressões que ele aponta como atitudes importantes na família: dizer muito obrigado, dizer por favor, dizer com licença, dizer me perdoe, dizer eu te amo (com a vida). Isso tudo para mim se resume em praticar o Evangelho ensinado por Jesus.

 

Talita Salgado

 

 

 

 

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