A Arquidiocese de Goiânia vive um momento de alegria, pois o Santo Padre, o papa Francisco, concedeu ao Santuário Sagrada Família a honra de ser a terceira Basílica em nossa Igreja particular de Goiânia.
A deferência foi concedida pelo papa Francisco no dia 2 de fevereiro de 2020, mas era preciso fazer algumas adequações no templo antes de fazer a Celebração de Elevação, que será presidida pelo nosso arcebispo, Dom Washington Cruz, na próxima terça-feira, 29 de setembro, dia em que celebramos a Festa dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael.
Dom Washington falou sobre a importância desse título conferido pelo papa Francisco, para o Santuário Sagrada Família. “Trata-se de mais uma benevolência do Santo Padre para com a nossa Igreja local. Temos a Basílica dedicada ao Divino Pai Eterno, a Basílica dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e, agora, teremos a Basílica dedicada à Sagrada Família de Nazaré. O Santuário Sagrada Família vem sendo, para nós, uma igreja de grande importância aqui na cidade de Goiânia. Peço ao Senhor que cada dia mais o Santuário-Basílica da Sagrada Família possa ser uma igreja que acolhe, celebra e uma igreja que está sempre a serviço dos irmãos.”
História do Santuário
Construído em 1980 para ser uma Paróquia da Sagrada Família em Goiânia, teve, com o passar dos anos, uma afluência de seus fiéis e um aumento cada vez maior de graças obtidas. Foram 36 anos de história como Paróquia até receber o título de Santuário, o que aconteceu no dia 30 de dezembro de 2016. A partir dessa data, a Paróquia Sagrada Família passou a se chamar Santuário Sagrada Família e Santuário de Adoração Perpétua da Santíssima Eucaristia.
Pastoral
O Santuário recebe, hoje, cerca de 80 mil fiéis por semana, que participam das várias celebrações e atividades que o Santuário possui. Há uma programação extensa, com a Santa Missa celebrada de segunda-feira a sábado: 6h30, 9h, 12h, 15h, 19h30 e 22h; no domingo: 6h30, 8h, 10h15, 12h, 15h, 17h, 19h30 e 22h. Todas essas celebrações são transmitidas ao vivo pelas redes sociais do Santuário, que contam com quase 500 mil seguidores.
Para quem deseja se confessar, o Santuário conta ainda com padres atendendo confissão das 7h às 21h.
Com uma comunidade formada pelas mais diversas faixas etárias, o Santuário possui nove grupos de oração, para que os jovens e adultos possam fazer a sua experiência de oração; 12 pastorais e movimentos, para que os paroquianos possam encontrar a sua vocação no serviço da Igreja; e ainda cinco missões em diversas áreas para ajudar os irmãos nos momentos de dificuldade.
Entrevista
Confira a entrevista com o reitor do agora Santuário-Basílica Sagrada Família, padre Rodrigo de Castro. Nela, o padre explica o processo até que o título fosse conferido, o porquê desse título, as adequações que foram feitas e a sua expectativa para essa nova fase da comunidade.
A Sagrada Família passou de Paróquia a Santuário. Quase quatro anos depois será elevada à dignidade de Basílica. O que significa isso para a Igreja e o que muda na rotina do Santuário com esse novo título?
A realidade é que a Paróquia Sagrada Família já vivia uma realidade de Santuário, já não era algo territorial, pois recebia fiéis de toda a cidade de Goiânia e também da região metropolitana. Então, em 2018, resolvemos pedir ao Santo Padre que o Santuário pudesse ser Basílica, pensando naquilo que o Santuário oferece aos fiéis, que é a adoração perpétua da Eucaristia, o zelo e o cuidado que tivemos com a arquitetura do templo. Quando nós mandamos os documentos para a Santa Sé, o cardeal, que analisou os documentos, gostou muito. A igreja foi tomando essa proporção e, mesmo com esse tempo de pandemia, nas dimensões pastorais e sociais, o Santuário não parou e tem feito muitas ações. Não é a questão de título, mas a pertença à Igreja de Roma.
Por que o Santuário recebe esse novo título?
Nosso arcebispo Dom Washington Cruz foi quem pediu essa deferência ao Santo Padre, pois seria a terceira basílica na arquidiocese, e o papa concedeu. Preparamos todos os documentos para que se tornasse possível essa elevação. É uma iniciativa que nasce no coração do nosso arcebispo, diante de todo esse cuidado que ele tem com as famílias e com a adoração perpétua, por termos a igreja aberta 24 horas, por todo esse esforço e também pelo cuidado dos paroquianos com o Santuário, isto é, o que os paroquianos fazem pelo Santuário.
Quais as adequações o senhor teve que fazer para que fosse concedido o título?
Nós já tínhamos feito a reforma no presbitério. Quando o cardeal, que analisa os documentos e fotos, viu, ele gostou muito. À primeira vista, não foi aprovado o batistério que ficava na porta de entrada. Então, a grande adequação que tivemos de fazer foi a construção de uma espécie de capela, para melhor comportar as celebrações do Sacramento do Batismo.
Qual é a importância deste momento para a Igreja de Goiânia?
Vejo como um tesouro espiritual, pois o Santuário é um lugar de devoção, um lugar de peregrinação, um lugar da misericórdia de Deus e esse lugar privilegiado da Eucaristia, bem como o relicário que está sendo construído e também os testemunhos dos apóstolos, os santos mártires e toda essa história que vem acompanhando. O Santuário é uma igreja rica desses tesouros espirituais e uma igreja muito ativa, que continua nessa caminhada para a fábrica de novos santos e essa luta pela família.
Como reitor, o que o senhor espera deste Santuário-Basílica a respeito da devoção à Sagrada Família?
Espero que continuemos com essa comunhão com a Igreja de Roma e que essa igreja possa ser mesmo a serviço das famílias; que seja essa igreja aberta com todo o carinho de seus paroquianos; e que sejamos sempre essa igreja em saída, como nos pede tanto o Santo Padre. Espero que cada vez mais possamos ir ao encontro dos mais pobres e dos mais necessitados. Quero que cada vez mais essa igreja seja espaço de acolhida com esse número grande de celebrações diárias e sempre com um padre à disposição para atender os fiéis e ser um sinal de Deus para tantas famílias. Espero dar continuidade a esse trabalho pastoral que vem fazendo bem a tantas pessoas.
Marcos Paulo Mota