No Brasil, agosto foi escolhido pela Igreja Católica para ser celebrado o Mês das vocações. A data foi instituída pela 19ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1981. De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (1699), são três as vocações do homem: “A vida no Espírito Santo realiza a vocação do homem (Capítulo primeiro). É feita de caridade divina e de solidariedade humana (Capítulo segundo). É concedida gratuitamente como salvação (Capítulo terceiro)”. Significa que existem as vocações sacerdotal, matrimonial e religiosa.
A Igreja dedica cada domingo do mês de agosto para celebrar uma vocação. No último domingo, com celebração dedicada aos leigos, comemora-se também o dia do catequista. Já que a vocação “laical” se refere a todas as pessoas, pois todos têm um chamado, é fundamental que o leigo o trabalhe na vida e missão da Igreja e na sociedade. De acordo com o Catecismo (905-906), “Os Leigos exercem sua missão profética também pela evangelização, ‘isto é, o anúncio de Cristo pelo testemunho da vida e pela palavra’… Os leigos que forem capazes e que se formarem para isto podem também dar sua colaboração na formação catequética, no ensino das ciências sagradas e atuar nos meios de comunicação social”.
A primeira semana do Mês Vocacional é dedicada à vocação para o ministério ordenado, que compreende diáconos, padres e bispos. O sacerdócio é um Sacramento da Igreja “Os sacramentos são ‘da Igreja’ no duplo sentido de que existem ‘por meio dela’ e ‘para ela’. São ‘por meio da Igreja’ pois este é o sacramento da ação de Cristo operando em seu seio graças á missão do Espírito Santo. E são ‘ para a Igreja’ pois são esses ‘ sacramentos que fazem a Igreja’; com efeito, manifestam e comunicam aos homens, sobretudo na Eucaristia, o ministério da comunhão do Deus amor, uno em três pessoas” (CIC, 1118).
O segundo domingo é destinado à oração pela vocação do matrimônio. “A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à geração e educação da prole, e foi elevada, entre os batizados, à dignidade de sacramento por Cristo Senhor” (CIC, 1601). A vocação do casamento saiu da mão do próprio criador, “Por isso um homem deixa seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, e eles se tornam uma só carne (Gn 2,24)”.
A vocação à vida consagrada é lembrada pela Igreja no terceiro domingo do mês de agosto e de acordo com a Catecismo “O estado da vida consagrada aparece, portanto, como uma das maneiras de conhecer uma consagração ‘mais íntima’, que se radica no Batismo e se dedica totalmente a Deus. Na vida consagrada, os fiéis de Cristo se propõem, sob a moção do Espírito Santo, seguir a Cristo mais de perto, doar-se a Deus amado acima de tudo e, procurando alcançar a perfeição da caridade a serviço do Reino, significar e anunciar na Igreja a glória do mundo futuro” (CIC, 916).
Suzany Marques