No dia 27 de março, a Escola Dom Fernando completa 50 anos. Nesta última parte da série de matérias sobre a instituição, iremos apresentar a vocês o diretor institucional da organização, padre Vitor Simão. Ele é o primeiro sacerdote a assumir a direção da escola depois de Dom Fernando. Mas, antes, vamos relembrar um pouco do que já foi publicado a respeito no Jornal Encontro Semanal e também aqui no site.
Na primeira parte da série, falamos um pouco sobre a história da escola, sua fundação. Destacamos que o seu criador e primeiro arcebispo da Arquidiocese de Goiânia, Dom Fernando Gomes do Santos, fundou a escola com os princípios cristãos e o compromisso com a verdade na transmissão do conhecimento. Na segunda matéria, discorremos sobre as mudanças da escola ao longo dos anos, falamos sobre a saída de Dom Fernando da escola e como ela passou a ser administrada. Demos destaque à entrada do novo diretor institucional e representante da Arquidiocese de Goiânia no ano de 2017, padre Vitor Simão.
Hoje, padre Vitor mora na Itália e está fazendo um mestrado em comunicação social/institucional. Porém, mesmo à distância, ele continua à frente da escola.

Entrevista com o Diretor Institucional
Qual é o trabalho de um diretor institucional?
Na função de diretor institucional, devo ser um elo entre a Arquidiocese e a Escola e vice-versa. De forma prática, cabe a mim a administração geral da escola quanto ao cumprimento de sua tarefa social e de sua missão como instituição de ensino confessional.
Qual a diferença de um diretor pedagógico para um diretor institucional?
Enquanto a função do diretor institucional é mais abrangente e administrativa, a função do diretor pedagógico é aquela mais específica e técnica. Deve ser sempre exercida por um profissional com competência, preparação acadêmica e, em nosso caso, sem jamais descartar uma boa experiência de fé.
Quem é a diretora pedagógica da escola hoje?
Para a função da direção pedagógica contamos com a colaboração, competência e testemunho de fé da professora Mírian Maria de Jesus, que até mesmo seu nome é religioso.
O que mudou na escola depois que o senhor assumiu?
Desde a sua fundação, a escola tem uma pedagogia muito bem definida e, apesar de ter passado por muitas adaptações ao longo dos anos, sua missão de servir à comunidade sempre foi uma âncora. Quando assumi, procurei conhecer primeiro a história e a relação da instituição com a comunidade local e percebi que existia uma forte identificação da instituição com a Igreja, que fazia com que a escola fosse popularmente reconhecida como a “Escola dos Padres”. Desse modo, eu procurei potencializar a difusão dos valores cristãos, consolidando sua identidade de escola confessional.
Qual a principal dificuldade em dirigir uma escola?
Embora tenha sempre algo que nos surpreenda, diria que a maior dificuldade é, sem generalizar, não poder contar com a parceria da família. Não acredito no êxito da educação sem o acompanhamento dos pais, responsáveis e, de modo geral, da sociedade. Precisamos de uma mudança cultural em relação ao valor do estudo.
Hoje, o senhor está fora do país. Como é ser diretor remotamente?
Primeiro, devo dizer que, desde que assumi a direção da escola, formei uma equipe gestora. Portanto, não faço nada sozinho. Depois, a pandemia nos forçou a aprender a lidar com nossas competências de uma forma remota através da tecnologia. Assim cumpro com a minha missão. Faço reuniões semanais com a equipe gestora, encontro com os pais pela plataforma, envio vídeos para os momentos especiais com os alunos.
Em tempo de pandemia, como a escola se organizou para atender os alunos?
Primeiro, pensamos no melhor modo de garantir a saúde de todos os alunos, professores e colaboradores. Depois, investimos na plataforma on-line para dar continuidade ao plano pedagógico previsto para o ano letivo, ampliamos nosso setor de comunicação e, com a preocupação de uma crise financeira, procuramos também otimizar os custos para repassar aos pais um desconto na contribuição mensal.
O entrevistado, ao final, comentou sobre o sentimento de ser o primeiro padre diretor depois do arcebispo Dom Fernando. “Eu sempre volto ao carisma que Dom Fernando deixou para a escola: “ensinar sem Deus é escrever sobre a areia”. Portanto, penso simplesmente em dar a minha contribuição à Arquidiocese no cumprimento da missão de colocar Deus no coração de todos os alunos que passam pela nossa escola”, concluiu.
Ficha Técnica da Escola
Diretor institucional – Pe. Vitor Simão;
Diretora Pedagógica – Mírian Maria;
Gerente financeiro – José Augusto;
Coordenação pedagógica dos anos iniciais – Maria Cecília e Alice;
Coordenação pedagógica dos anos finais – Fábio Santana e Isabel Cristina;
Secretária – Fabíola.
Suzany Marques