As mulheres que atuam nos diversos setores da Cúria Metropolitana (organismo administrativo) da Arquidiocese de Goiânia foram recepcionadas, na manhã desta segunda-feira, com uma homenagem pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado ontem, 8 de março. Reunidas no auditório da Cúria, elas foram abençoadas por Dom Moacir Silva Arantes (bispo auxiliar) – assim como os colegas de trabalho presentes –, assistiram vídeo produzido para homenageá-las, ganharam rosas e confraternizaram em café da manhã, com direito a chocolate e brownie.
Dom Moacir iniciou seu pronunciamento dizendo ser também portador dos cumprimentos e bênção do nosso arcebispo Dom Washington Cruz e do bispo auxiliar Dom Levi Bonatto. A competência, a criatividade e diversos outros dons das mulheres colaboradoras na Cúria foram destacadas por Dom Moacir. Ele citou, ainda, o papel das mulheres na história da humanidade, que além da imprescindível participação com a maternidade, colaboraram para o desenvolvimento mundial – inclusive científico –, e na evangelização dos povos, marcando a caminhada do Povo de Deus, a história do cristianismo e da nossa Igreja no mundo.

Dignidade e vocação
O bispo leu trecho da Carta Apostólica Mulieris Dignitatem, de São João Paulo II, publicada em seu pontificado, no ano de 1988, sobre a dignidade e a vocação da mulher. “A Igreja rende graças por todas e cada uma das mulheres: pelas mães, pelas irmãs, pelas esposas; pelas mulheres consagradas a Deus na virgindade; pelas mulheres que se dedicam a tantos e tantos seres humanos, que esperam o amor gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam do ser humano na família, que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas mulheres que trabalham profissionalmente, mulheres que, às vezes, carregam uma grande responsabilidade social; pelas mulheres ‘perfeitas’ e pelas mulheres ‘fracas’ – por todas: tal como saíram do coração de Deus, com toda a beleza e riqueza da sua feminilidade; tal como foram abraçadas pelo seu amor eterno; tal como, juntamente com o homem, são peregrinas sobre a terra, que é, no tempo, a ‘pátria’ dos homens e se transforma, às vezes, num ‘vale de lágrimas’; tal como assumem, juntamente com o homem, uma comum responsabilidade pela sorte da humanidade, segundo as necessidades cotidianas e segundo os destinos definitivos que a família humana tem no próprio Deus, no seio da inefável Trindade.”
Na conclusão da Carta Apostólica, o Santo Padre ressalta que a Igreja “agradece todas as manifestações do ‘gênio’ feminino surgidas no curso da história, no meio de todos os povos e Nações; agradece todos os carismas que o Espírito Santo concede às mulheres na história do Povo de Deus, todas as vitórias que deve à fé, à esperança e caridade das mesmas: agradece todos os frutos de santidade feminina”.
O Sumo Pontífice termina o texto com um pedido: “A Igreja pede, ao mesmo tempo, que essas inestimáveis ‘manifestações do Espírito’ (cf. 1 Cor 12,4ss), com grande generosidade concedidas às ‘filhas’ da Jerusalém eterna, sejam atentamente reconhecidas e valorizadas, para que redundem em vantagem comum para a Igreja e para a humanidade, especialmente em nosso tempo. Meditando o mistério bíblico da ‘mulher’, a Igreja reza, a fim de que todas as mulheres encontrem neste mistério a si mesmas e a sua ‘suprema vocação’.”
Para quem deseja se aprofundar sobre a temática da mulher na vida da Igreja, vale a pena consultar as diversas referências documentais listadas no final da Mulieris Dignitatem.
Clique aqui e leia a íntegra da Carta Apostólica Mulieris Dignitatem
Eliane Borges