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Honrar Pai e Mãe

Honrar Pai e Mãe

Vivemos um tempo antes impensável, com as pessoas fechada em casa, obedecendo às autoridades, para se defender de um perigo

Vivemos um tempo antes impensável, com as pessoas fechada em casa, obedecendo às autoridades, para se defender de um perigo invisível. Passar a Quaresma em isolamento social pode ser propício ao cristão para o convívio familiar e avivar momentos de fé e oração. Tempo de mudança de hábitos para preservar a saúde física e também fortalecer a espiritual.

 

Os protagonistas do lar cristão são os pais. Deus capacita os pais para a missão de evangelizar a prole. É o quarto Mandamento da Lei de Deus “honrar pai e mãe”. Em seu infinito amor, “Deus quis que, depois de Si, honrássemos os nossos pais, a quem devemos a vida e que nos transmitiram o conhecimento de Deus. Temos obrigação de honrar e respeitar todos aqueles que Deus, para nosso bem, revestiu da sua autoridade” (CIC, 2197). É importante ressaltar que esse é um dever, uma lei, não é opcional para o batizado, por mais estranho que possa parecer a este mundo permeado de valores deturpados e conceitos regidos pelo egoísmo.

 

Pela família, Deus quer ensinar e salvar seu povo, determinando aos filhos honrar os pais, obedecer a eles e a todos aqueles revestidos de autoridade. Assim, estabelece o princípio da hierarquia que rege todas as sociedades organizadas, tendo início pela família, a menor e mais importante sociedade, por ser a base formadora de todas. Por isso, dá aos pais a autoridade e o direito e dever de educar, missão que se estende por toda a vida; formar seres humanos íntegros que, em sociedade, irão testemunhar os verdadeiros valores no exercício de sua atividade profissional.

 

Acrescenta ao mandamento uma promessa: honrar pai e mãe para que sejas feliz e tenha longa vida sobre a terra (cf. Dt 5,16). É algo que todos buscam – ser feliz e viver muito; o motivo de não cumprir o dever filial de respeito, gratidão e obediência pode ser entendido pela desestruturação da família ou omissão dos pais em assumir a missão confiada por Deus para prover as necessidades físicas e espirituais dos filhos e ainda a forte influência social, um secularismo que invade os lares cristãos com novas e infundadas ideologias, tudo com o objetivo de desvalorizar e destruir a família, o que resultará no caos social.  “Ninguém pode pensar que o enfraquecimento da família como sociedade natural fundada no matrimônio seja algo que beneficia a sociedade. Antes pelo contrário, prejudica o amadurecimento das pessoas, o cultivo dos valores comunitários e o desenvolvimento ético das cidades e das aldeias” (Exortação Ap. Amoris Laetitia, 52).

 

Os pais (e avós) transmitem a fé, que é o suporte espiritual, principalmente em situações extremas. Mas “não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas por ter um encontro de fé, uma vivência profunda e pessoal com a pessoa de Jesus Cristo que dá um novo horizonte à vida, e com ele uma orientação decisiva” nos ensina o Documento de Aparecida. Então, o lar deve ser o berço da oração, onde os filhos conhecem o amor de Deus, aprendem o Rosário e as primeiras orações; deve ser o laboratório onde se experimenta o amor. Deve haver tempo para cada coisa em família, inclusive, e principalmente, para Deus.

 

O momento de quarentena, em decorrência da pandemia, é oportuno para a convivência familiar sem o uso excessivo da TV e smartphones, mesmo que a autoridade dos pais seja necessária. Tempo de obediência e disciplina, duas características dos santos e – curiosamente – dos homens de sucesso. Tempo de lembrar que nossa meta de vida é o céu e que o Pai Eterno nos escolheu em Cristo “antes da criação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos” (Ef 1,5), e que a vida profissional é parte do processo de santidade, não seu fim último.

 

A família é a melhor escola de fé e valores humanos e cívicos; o futuro que se sonha depende de cada família viver o cotidiano, o “ordinário de forma extraordinária” com Deus em tudo e ver tudo em Deus. Afinal, “o futuro da humanidade passa pela família” (São João Paulo II).

 

 

Maria Dóris Cipriani Magalhães
Membro da Unijuc, agente da Pastoral Familiar

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