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Mãe de Deus e nossa, Maria é modelo de virtudes

Mãe de Deus e nossa, Maria é modelo de virtudes

Maria Santíssima, modelo de Fé, Esperança e Caridade.

Conversamos com o Me. Pe. Sílvio R. Zurawski, que nos trouxe algumas reflexões sobre as virtudes de Maria, modelo de mãe e cristã que indica o caminho para termos uma vida digna, santa e feliz, rumo à Casa do Pai.

 

Administrador   da Paróquia Cristo Redentor (Vila Redenção– Goiânia), padre Sílvio é professor de Teologia na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC) e no Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás (IFITEG). Por intermédio de sua fé e de seu conhecimento, deixemos a Mãe de Deus tocar o nosso coração. Recebamos dela o amor maternal de que tanto necessitamos, neste tempo de pandemia e de tantas outras ameaças à vida.

 

Acolhamos as palavras do sacerdote, a seguir, como uma oportunidade para conhecer um pouco mais sobre nossa mãe, Maria Santíssima, modelo de Fé, Esperança e Caridade.

 

 

“Apresentamos Maria… na qual o Verbo encarnado fez morada”

Estamos no mês de maio, Mês dedicado a Maria e, especificamente neste segundo domingo, Dia das Mães. Tempo de Páscoa, de ressurreição, porém em nossas vidas as portas ainda estão fechadas, as pessoas assustadas e incapazes de acolher plenamente, neste momento, o dom da Páscoa, já que também estamos em tempos de pandemia do coronavírus (covid-19). Para reafirmar a grandeza do Mistério Pascal de Cristo na história do mundo, da vida da Igreja e dos fiéis, apresentaremos Maria, Habitação da Santíssima Trindade, na qual o Verbo encarnado fez morada, a Bem-aventura- da, a escolhida. E, para nós e para todas as mães, modelo de Virtudes, particularmente das Virtudes Teologais: Fé, Esperança e Caridade, que podem encher os corações de alegria. Nós não somos órfãos, temos uma Mãe! Nossa Senhora, a Mãe da Igreja e nossa Mãe. E nos unimos àquelas mães que hoje fazem a experiência do martírio maternal, nas palavras do papa Francisco (Audiência Geral de 7 de janeiro de 2015).

 

“…sede da sabedoria, na qual a sabedoria eterna edificou sua morada”

Uma pessoa virtuosa evita sempre fazer o mal, busca constantemente fazer o bem. As Virtudes Teologais, fé, esperança e caridade, formam um caminho, que tem como meta o fim último do ser humano: felicidade plena, salvação, contemplação e vivência das realidades eternas, celestiais. Contemplamos Maria como sede da sabedoria, na qual a sabedoria eterna edificou sua morada. A Virgem Sábia, que escolheu a melhor parte e que nos ensina a trilhar os caminhos das virtudes, pois soube responder com presteza à ação e à presença da Graça de Deus.

 

Maria, como modelo de Virtudes, é apresentada em diversos escritos na Igreja: Catecismo, Manuais de Teologia e Moral, em diversos documentos do Magistério Ordinário e Extraordinário, também em obras de devoção e piedade que instigam a Consagração a Jesus Cristo, por meio de Maria, Mãe de Deus e da Igreja. Optamos aqui por três documentos dos papas Francisco e Bento XVI. Neles, Maria torna-se modelo de Fé, Mãe da Esperança e exemplo de Caridade.

 

Na Carta Encíclica Lumen Fidei (A Luz da Fé – 29/06/2013), o Sumo Pontífice Francisco apresenta aos católicos a luz da fé, que ilumina toda a existência humana (LF,4). A fé nasce do e com o encontro do Deus vivo. Maria é a terra boa, segundo nosso papa, tem um coração bom e virtuoso, que soube ou- vir e conservar a Palavra de Deus.

 

“Ela acolheu a Palavra no seu coração e em todo seu ser”

A Mãe do Senhor é ícone perfeito da Fé, como se diz na Sagradas Escrituras: Feliz aquela que acre- ditou. Em Maria tem plena realização a história de fé do Povo de Israel. Na plenitude dos tempos, as promessas de Deus voltaram-se para a humanidade, representada na jovem de Nazaré. Ela acolheu a Palavra no seu coração e em todo seu ser, para que nela a Palavra se tornasse carne e nascesse como Luz para a humanidade, Jesus de Nazaré (LF, 58).

 

Repitamos, com o papa  Francisco , a prece a Maria, Mãe da Igreja e Mãe de nossa Fé, especialmente neste tempo de pandemia: Abri o nosso ouvido à Palavra, para reconhecermos a voz de Deus e sua luz …. Ajudai-nos a confiarnos plenamente a Ele, a crer no seu amor, sobretudo nos momentos de tribulação e cruz, quando a nossa fé é chamada a amadure- cer… semeai em nossa fé a alegria do Ressuscitado! (LF, 60).

 

“No meio dos Discípulos, no meio da Igreja, ainda hoje Maria é a Mãe da Esperança”

Por sua vez, o papa Bento XVI declara, na Carta Encíclica Spe Salvi (Salvos na Esperança – 30/11/2007), Maria Estrela da Esperança. O papa emérito compara a vida humana a uma viagem no mar, enevoada e tempestuosa, na qual se buscam astros para indicar a rota a seguir. Luzes de Esperança! Cristo é o sol, luz por excelência, e Maria, uma luz vizinha a ele! Orientação segura para nossa travessia (SS, 49).

 

Nela, a Esperança tornou-se realidade; e mesmo quando a espada de dor trespassou seu coração, aos pés da Cruz, ela ouviu novamente a Palavra: não temas, Maria! Na Fé de Maria, inclusive a escuridão do Sábado Santo, era certeza de esperança. A alegria da Ressureição a encheu de contentamento e mais uma vez ficou plena do Espírito Santo, animando os discípulos do Filho a também aguardar o Dom do Alto, o Paráclito, manifestado em Pentecostes. No meio dos Discípulos, no meio da Igreja, ainda hoje Maria   é a Mãe da Esperança. Estrela do Mar, brilhai sobre nós e guiai-nos em nosso caminho (SS, 50).

 

“…espelho de toda Santidade, sempre empenhada na Caridade”

Também o papa emérito Bento XVI ajuda-nos a olharmos Maria, Mãe do Senhor, espelho de toda Santidade, sempre empenhada na Caridade. Na Carta Encíclica Deus Caritas Est (Deus é Amor – 25/12/2005), junto com os outros santos, Maria é apresentada como aquela que praticou de forma exemplar a caridade. O serviço de Caridade à prima Isabel, mostra-nos que Maria encontrou Deus na oração e no serviço ao próximo. Ela tornou-se grande e engrandecida, porque amou a Deus sobre todas coisas e ao próximo com a si mesma! Cumpriu de forma decidida o mandamento do amor. Como nas bodas de Caná, quando Maria, com muita delicadeza, percebeu que faltava vinho, que nós também com a mesma delicadeza e presteza enxerguemos, sintamos compaixão e  cuidemos  daqueles que estão às nossas portas ou  à beira dos caminhos, e saibamos testemunhar, como Maria, a Misericórdia do Pai.

 

Encerramos com a Oração de Bento XVI, que está no final da Deus Caritas Est, intercedendo a Maria, especialmente pelas mães, aquelas que estão junto de nós, e por aquelas que estão junto de Deus, velando por nós!

 

Maria, Mãe de Deus,

Vós destes ao mundo a luz verdadeira, Jesus, vosso Filho Filho de Deus.

Entregastes-Vos completamente ao chamamento de Deus e assim Vos tornastes fonte da bondade que brota d'Ele.

Mostrai-nos Jesus. Guiai-nos para Ele.

Ensinai-nos a conhecê-Lo e a amá-Lo, para podermos também nós tornar-nos capazes de verdadeiro amor e de ser fontes de água viva no meio de um mundo sequioso.

 

 

 

Eliane Borges

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