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Mensagem de nosso arcebispo para o Mês Vocacional

Mensagem de nosso arcebispo para o Mês Vocacional

Dom Washington Cruz faz uma reflexão sobre a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit
Foto da Catedral

“Cristo não pensa apenas naquilo que tu és, mas naquilo que poderás chegar a ser” (Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit, do papa Francisco). Os últimos capítulos desse texto, que surge na sequência do último Sínodo dos Bispos sobre os jovens, a fé e o discernimento vocacional, correspondem à visão atual do magistério sobre o tema da vocação e concretamente da vocação ao ministério sacerdotal.

 

O Santo Padre propõe-nos uma atitude de esperança baseada na convicção de que “Jesus caminha no meio de nós como fazia na Galileia. Ele passa pelas nossas ruas, detém-se e olha-nos sem pressa. O seu chamado é atrativo e fascinante” (CV, 277). Hoje, porém, é mais difícil de escutar e entender os jovens porque são bombardeados por uma variedade de estímulos e uma multiplicidade de propostas geradoras de muito ruído e dispersão.

 

Esse chamamento é o de um amigo, Jesus Cristo, aquele que conhece e ama cada um e, por isso, quer lhe dar o melhor. Assim, a vocação significa antes de mais nada um dom, um presente, simultaneamente o mais precioso e o mais exigente, porque “os presentes de Deus são interativos, para apreciá-los é preciso arriscar”. Não se trata da exigência de “um dever imposto por outro a partir de fora, mas algo que estimula a crescer e optar, para que esse presente amadureça e se torne dom para os outros” (CV, 289). Abrir-se a esse dom implica um caminhar juntos com Cristo, na amizade e na liberdade, num seguimento próprio do discípulo que deseja aprender com o Mestre.

Essa amizade com Jesus “não é uma relação fugaz ou passageira, mas estável, firme, fiel, que amadurece com o passar do tempo” (CV, 152). Ela não conduz ao isolamento, mas impele cada um a sair de si mesmo e abrir-se ao outros, a abraçar os outros com amor e procurar o seu bem. A vocação assim entendida é um chamado à missão e ajuda cada um a descobrir e fazer brotar o melhor de si mesmo para o serviço da Igreja e do mundo.

 

O seminário é o espaço necessário para o discernimento e para uma sólida configuração com Cristo dos discípulos que serão enviados em missão, como pastores em seu nome. Esse discernimento é favorecido pela vida comunitária própria do seminário que ajuda cada um na descoberta de si mesmo e do outro. Exige ainda espaços de silêncio e oração essenciais para um profundo encontro com Cristo, para consolidar uma verdadeira espiritualidade sacerdotal e, sobretudo, para tomar decisões ponderadas e estáveis.

 

O seminário é também o tempo indispensável para que o percurso de discernimento seja devidamente acompanhado, pessoal e comunitariamente. Em todo esse processo há perguntas a responder, dúvidas a esclarecer e receios a superar. Por isso, é fundamental o papel do Conselho de Formadores do seminário, em articulação com a Arquidiocese e o seu Arcebispo, bem como o papel das famílias, das comunidades cristãs, dos grupos e movimentos e até dos amigos.

 

O mês das vocações é ocasião para refletir na centralidade da questão vocacional e para um renovado compromisso em ordem a uma “cultura vocacional”. É também oportunidade para animar os jovens que fazem parte dos vários seminários da nossa Arquidiocese e reconhecer o precioso trabalho dos formadores e de todos os que colaboram na vida dos seminários. A todos os cristãos é pedido, durante este mês e sempre, um especial apoio e carinho pelos seminários que se pode manifestar na oração e na ajuda material.

 

A todos os jovens se renova o apelo do papa para que cada um saiba responder à pergunta: “para quem sou eu?”, começando por reconhecer as qualidades e carismas que Deus lhe concedeu e dispondo-se a pô-los a serviço de todos. E se for chamado ao ministério sacerdotal ou à vida consagrada, saiba responder com coragem e alegria, confiante de que o Senhor “não pensa apenas naquilo que tu és, mas em tudo aquilo que, juntamente com Ele e todos os outros, poderás chegar a ser” (CV, 290).

 

Agosto de 2020

Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

 

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