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O Panteão Romano: De Templo Pagão à Igreja Cristã

O Panteão Romano: De Templo Pagão à Igreja Cristã

Em 117 d.C, subiu ao trono do Império Romano o imperador Adriano, conhecido como um bom imperador: admirador da arte,

Em 117 d.C, subiu ao trono do Império Romano o imperador Adriano, conhecido como um bom imperador: admirador da arte, da filosofia, da religião e da arquitetura grega. Um ano após subir ao trono, no centro de Roma, iniciou a sua principal obra, a reconstrução de um monumento dedicado aos deuses da cultura religiosa grega, o Panteão Romano.

 

Esse templo foi considerado uma grande revolução na arquitetura ocidental, por causa da superação da técnica construtiva. Na construção da grandiosa abóbada, serviu-se da técnica com base no funcionamento do arco, considerando as ordens clássicas da arquitetura grega. E foi o primeiro edifício da época a utilizar na construção um novo material, o concreto.

 

Ao passar pelas majestosas colunas do átrio, o visitante encontra um grande portal de bronze, que o conduz ao amplo ambiente circular, composto de sete capelas recuadas, oito nichos, um teto abobadado que abriga no centro o óculo (uma abertura circular de 9 metros de diâmetro).  “A luz natural entra pelo óculo e ilumina todo o ambiente, mesmo em tempos nublados, permitindo ao visitante ter uma visão confortável dos detalhes do interior austero, convidando à meditação. Em caso de chuvas, a água que cai através do óculo até o piso do templo é escoada para as laterais e conduzida por um sistema de drenagem até as galerias subterrâneas de Roma” (José Celso da Cunha, A história das construções, volume 4 – do Panteão de Roma ao Panteão de Paris, 2012).

Depois da ascensão do cristianismo no Império, o templo pagão foi abandonado. No século VI, os bizantinos retomaram o controle de Roma e doaram o Panteão à Igreja Católica, que transformou o templo pagão em uma igreja cristã dedicada à Virgem Maria dos Mártires.

 

No dia de Pentecostes, depois da missa, através do óculo acontece uma chuva de milhares de pétalas de rosas vermelhas, forrando o chão da igreja com um belo tapete aromático.

 

É consenso entre as fontes históricas que a excelente conservação do edifício se deve em muito ao fato de ter se transformado em uma igreja cristã, pois o Panteão Romano é considerado, como afirma o escritor José Celso da Cunha (2012), a obra “com o mais alto nível de conservação de toda a Roma imperial”.

 

 

 

Fabiana Longhi
Arquiteta Especialista em Espaço Litúrgico e Arte Sacra
Longhi arquitetura – Arquitetura do Sagrado

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