>
>
Outubro Rosa

Outubro Rosa

A prevenção é um ato de amor!

No mês de outubro as atenções estão voltadas ao Outubro Rosa, movimento de prevenção do diagnóstico do câncer de mama comemorado todo mês de outubro desde os anos 1990. É chamado de Outubro Rosa, pois pessoas de todo o mundo adotam a cor rosa e exibem uma fita rosa para aumentar a conscientização sobre a saúde da mama, a importância da prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama.

 

Em 2020, o câncer de mama se tornou o tipo de câncer mais diagnosticado no mundo; houve mais de 2,26 milhões de novos casos de câncer de mama e quase 685 mil mortes por câncer de mama em todo o mundo. O câncer de mama foi a causa mais comum de morte por câncer em mulheres e a quinta causa mais comum de morte por câncer em geral. (Fonte: OMS)

 

Estatísticas globais e previsões: 2020 e 2040

Em um novo estudo, pesquisadores da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (Iarc) e instituições parceiras fornecem uma visão global do diagnóstico do câncer de mama em 2020 e estimam o impacto que esta doença terá em 2040. Os autores preveem que até 2040 os casos de câncer de mama aumentarão para mais de 3 milhões de novos casos por ano (um aumento de 40%) e mais de 1 milhão de mortes por ano (um aumento de 50%).

 

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comumente diagnosticado, representando um em cada oito diagnósticos de câncer em todo o mundo. Em 2020, houve cerca de 2,3 milhões de novos casos de câncer de mama em todo o mundo e cerca de 685 mil mortes por essa doença, com grandes variações geográficas observadas entre países e regiões do mundo.

 

A Iarc faz parte da Iniciativa Global de Câncer de Mama da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por meio dessa iniciativa, a OMS, Iarc e colaboradores visam reduzir a mortalidade por câncer de mama, promovendo o diagnóstico oportuno e tratamento adequado e gerenciamento de pacientes. Como base para esses esforços, é vital uma boa compreensão dos padrões globais e das variações na carga de doenças.

 

A Iniciativa Global de Câncer de Mama emprega três estratégias para atingir esses objetivos: promoção da saúde e detecção precoce; diagnóstico oportuno; e gestão abrangente do câncer de mama.

 

 

 

Como foi receber uma notícia como essa ainda tão jovem?
O primeiro momento foi devastador, não só pela minha idade em si, mas pelo fato de ser filha única, esposa e mãe de duas crianças. É um pouco impactante você estar levando uma vida normal e, durante o banho, no autoexame, sentir um volume estranho no seio esquerdo. De um dia para o outro, tudo mudou completamente. Foi tudo muito rápido. No dia seguinte, já marquei um ginecologista, que pediu uma ultrassonografia, fui encaminhada para a mastologista, que já pediu mamografia e biópsia. Foram 2 meses de exames e espera de resultados, um tempo de muita angústia. Inclusive, queria aproveitar para destacar a importância de CORRER contra o tempo neste momento!

 

Qual É a importância do apoio da família e de amigos?
Desde o primeiro momento, eu nunca me senti sozinha. Todos procuraram estar bem próximos e solícitos. Minha mãe deixou tudo em Goiânia e veio cuidar de mim aqui, em Brasília. Ela me acompanhou em quase todas as quimioterapias, revezando com minha sogra e minha prima. Meu pai precisa se desdobrar entre Goiânia e Brasília, mas está sempre a postos, diante de qualquer necessidade. Meu esposo se mantém trabalhando, não conseguiu me acompanhar nas sessões de químio, mas nunca faltou uma consulta sequer. Meus filhos, mesmo sendo crianças, da forma deles, cuidam muito bem de mim. Esse acompanhamento, feito com carinho e paciência, faz toda a diferença, porque a gente tende a sentir um peso.

 

Quais são as etapas do seu tratamento? E até agora, qual foi o momento mais marcante?
A primeira fase foi composta por quatro ciclos de quimioterapia vermelha. Sem dúvida, foi o momento mais marcante e difícil até hoje. Os efeitos colaterais são muito agressivos. No segundo ciclo, eu tive certeza de que ia morrer, então foi um momento bem delicado. Também é nesta fase que o cabelo cai e isso também é bem impactante. Na segunda etapa, vieram os ciclos de quimioterapia branca, os efeitos são mais brandos e a gente tem a sensação de que tudo está passando. Eu, particularmente, fiquei mais tranquila e confiante. Estou bem animada, aguardando a cirurgia, que está prevista para 17 de novembro.

 

Como está sendo para você lidar com o tratamento e cuidar de sua autoestima?
É muito complicado… Não parece, mas é. A queda do cabelo é o primeiro grande impacto. Meu cabelo estava grande e bem cuidado, eu estava em uma ótima relação com ele (rs), de repente, ele não estava mais lá. Passei dias sem olhar no espelho e sem passar da porta da sala. Quando me acostumei com a ausência de cabelo na cabeça, foram-se os cílios e as sobrancelhas. Eu sempre AMEI minhas sobrancelhas e meus cílios, quando percebi, nas fotos, que não tinha mais foi bem triste. E como não tinha o que ser feito, tive que aceitar. De repente, vem a fase do inchaço… Não há dieta que impeça o ganho de 1kg por semana. As roupas vão deixando de servir muito rápido. Chegou a um ponto que fui fazendo as pazes comigo mesma e aceitando a realidade. O famoso “aceita que dói menos” funcionou bem!

 

Qual é o seu protocolo de cuidado e prevenção atualmente?
Os cuidados com a alimentação e a prática de exercícios físicos sempre serão as grandes chaves para a prevenção de qualquer doença. Mas, pela minha experiência, posso afirmar que o autoconhecimento e o acompanhamento médico periódico são primordiais! O câncer não dói e nem sempre dá sinais “visíveis”. Por isso, os exames de imagem são indispensáveis. Como eu tenho menos de 40 anos, nunca houve a necessidade de ir a um mastologista, mas pelo primeiro sinal no ultrassom, já fui encaminhada.

 

Quais são os papéis da fé e da espiritualidade desde o diagnóstico e em todas as fases do tratamento?
A Fé é tudo o que temos! Não há como fugir desse invisível tão visível em nossas vidas. A concepção é um grande milagre e estamos todos aqui por ele. De lá para cá, cada amanhecer é mais um grande milagre, que vai se tornando rotineiro e esquecido, mas não deixa de sê-lo. Deparar-se com uma doença como o câncer e ter a oportunidade de se tratar é mais um grande milagre. Eu me sinto um milagre ambulante e devo isso a minha FÉ, que me sustentou no momento do diagnóstico, nos momentos de fortes efeitos colaterais, nos momentos de medo e insegurança…Eu até acredito que uma pessoa que não tenha fé ou que não acredite em DEUS possa passar por momentos difíceis, mas tenho convicção de que é muito mais complicado. A minha FÉ me consola o tempo todo e me dá a certeza de algo muito maior do que eu possa imaginar.

 

O que você diria para uma mulher que está em tratamento neste momento? E o que não dizer?
Vamos começar pelo que NÃO DIZER. Frases como “vai passar rápido”, “fulana passou e tá aí boa”, “depois de um tempo, você vai esquecer tudo isso”, “você nem parece que está doente” e, a pior de todas, “CABELO CRESCE”. A gente meio que sabe que vai passar, mas, para quem está vivendo o dia a dia do tratamento, não, não passa rápido; conhece a fulana, sabe que ela passou, mas é a história dela e não a sua; NÃO, não dá para esquecer tudo isso nunca; a gente tem espelho em casa e parece que está doente sim, está pálida, sem sobrancelhas e cílios; e, sim, a gente sabe que o cabelo cresce, mas isso não muda o fato de que o SEU CABELO NÃO VAI CRESCER POR 5 MESES! Outra pergunta bem incômoda é: Você não tem fé? Embora a gente entenda a boa intenção das pessoas, nada disso consola.

O que dizer? No meu caso, eu me sinto bem quando me perguntam como estou me sentindo, como está sendo o tratamento, como estão as crianças… Esse tipo de pergunta me deixa à vontade para expor aquilo que eu sinto conforto em falar. Tem muita coisa envolvida, muitos detalhes que quem está de fora, talvez, nunca vai saber. E, para finalizar, o que eu mais gosto de ouvir: Estou rezando por você!

 

Uma em cada oito mulheres, hoje, desenvolve câncer de mama em algum momento de sua vida, e a idade do diagnóstico está se tornando cada vez mais jovem. A palavra câncer nos assusta, tanto pela doença quanto por seus dolorosos tratamentos. Seja quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal ou cirurgia, o tratamento do câncer de mama é uma provação que pode levar alguém a se perguntar: “Serei capaz de recuperar minha vida e meu corpo anteriores?”. A resposta é sim. Existe vida do outro lado de um diagnóstico! Claro que viver como antes não significa viver como se nada tivesse mudado, mas existem alguns princípios fundamentais que podem nos ajudar a reconstruir nossas saúdes física, mental e espiritual. Realizar o autoexame é essencial para detectar alterações e se proteger. Detectar o câncer de mama em fase inicial é fundamental para combatê-lo.

 

 

Fernanda Freitas

Compartilhe

Outras Notícias

Notícias da Arquidiocese

Arquidiocese

Notícias das Paróquias

Notícias, Notícias da Arquidiocese, Notícias das Paróquias

Notícias relacionadas

Notícias

15 de setembro de 2025

Notícias da Arquidiocese

15 de setembro de 2025

Notícias da Arquidiocese

15 de setembro de 2025

Continue navegando

Espiritualidade:

Sua experiência diária com a Palavra de Deus

Explore conteúdos que fortalecem sua caminhada e enriquecem
sua jornada de fé.

Receba as novidades da nossa Arquidiocese

Inscreva-se em nossa newsletter e fique por dentro dos avisos, eventos e mensagens especiais da Diocese.

Ir para o conteúdo