Para encerrar o ano de 2021, no mês de dezembro, o papa Francisco, em sua intenção de oração, evidenciou o papel dos catequistas. O Santo Padre disse que “os catequistas têm uma missão insubstituível na transmissão e no aprofundamento da fé” e que ser “catequista é uma vocação, é uma missão”.
Este é um ano importante para o catequista, pois, em maio, o papa Francisco, na Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio Antiquum Ministerium, instituiu o ministério do catequista. “Por conseguinte, receber um ministério laical como o de Catequista imprime uma acentuação maior ao empenho missionário típico de cada um dos batizados que, no entanto, deve ser desempenhado de forma plenamente secular, sem cair em qualquer tentativa de clericalização” (Antiquum Ministerium).
Padre André Vitor Secundino, coordenador da Catequese e Iniciação Cristã da nossa Arquidiocese, explicou que a Igreja, na prática, “já se exercitava na consciência de ser um ministério” e que o papa ter instituído o ministério do catequista “é um reconhecimento de um valor que já existe há muito tempo”.
Ao finalizar o vídeo, o Santo Padre pede para que rezemos juntos pelos catequistas, que são chamados a anunciar a Palavra de Deus, “para que a testemunhem com coragem, com criatividade, com força do Espírito Santo, com alegria e com muita paz”.
Catequese na família
De acordo com o bispo auxiliar, Dom Levi Bonatto, “a Igreja quer que os filhos aprendam sobre a doutrina católica, sobre o catecismo”, mas não basta somente aprender teoricamente, “a catequese tem que ser vivida, praticada”. E é no seio da família que a transmissão da fé tem seu início. O coordenador da catequese explica que os pais têm o dever, diante de Deus, de educar os seus filhos para Ele. “Cada filho é como um presente de Deus. Ele entrega para o casal, como se dissesse: ‘Olha, este é meu filho muito amado. Então, eduque-o no amor, assim como eu amo vocês’.”
Segundo o padre André Vitor, a catequese na paróquia, na Igreja, na comunidade deve ser um complemento ou uma confirmação da fé ensinada em casa. Ele explica também sobre o batismo de crianças menores de 7 anos. “Não é qualquer pessoa que pode ser padrinho da criança. Ela tem que ter a responsabilidade de ajudar os pais a conduzir a criança na fé.”
Padroeiro dos catequistas no Brasil
A Congregação para o Culto Divino e Sacramento, aceitou, no ano de 2015, o pedido feito pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), declarando São José de Anchieta como padroeiro dos catequistas do Brasil.
São José de Anchieta era um jovem jesuíta que chegou ao Brasil aos 19 anos. Ao chegar, ele escreveu em Tupi para poder transmitir a fé católica aos indígenas nativos. “Ele também escreveu manuais de catequese na língua indígena para facilitar o anúncio dos novos missionários.” Fonte: Vatican News

Larissa Costa