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Pós-Graduação em Doutrina Social da Igreja

Pós-Graduação em Doutrina Social da Igreja

Curso capacita para atuação eclesial, acadêmica e social

A partir da primeira semana de fevereiro estarão abertas as matrículas para a especialização em Doutrina Social da Igreja, pela PUC Goiás. Dividido em cinco módulos, o curso tem duração de 24 meses, com carga horária de 460 horas. A formação é focada em portadores de diploma de curso superior que almejam se capacitar ainda mais para atuação eclesial, acadêmica e social.

 

De acordo com o coordenador da pós-graduação, padre David Pereira de Jesus, a formação possibilita capacitar os alunos para atuarem na sociedade nos campos da pesquisa, mas também “formando-os para uma boa participação na sociedade civil e para a atuação das comunidades”.

 

Padre David explicou que a Doutrina Social da Igreja (DSI) é um tema muito importante, capaz de ajudar a humanidade no seu crescimento social. “Ela é o conjunto dos ensinamentos contidos na doutrina da Igreja Católica e no seu Magistério, que consta de numerosas encíclicas e pronunciamentos dos papas, inseridos na tradição multissecular e que tem as suas origens nos primórdios do Cristianismo. Estuda-se a DSI com o objetivo de fixar princípios, critérios e diretrizes gerais a respeito da organização social e política dos povos e das nações. Logo, podemos afirmar que a DSI é um convite à ação”, afirmou.

 

Reconhecida pelo MEC, a pós-graduação da PUC Goiás exige que o candidato tenha certificado de graduação válido. O curso é totalmente remoto e as aulas acontecem a cada 15 dias, na sexta-feira à noite e no sábado pela manhã. A sala de aula é na Plataforma da Microsoft Teams e o aluno pode participar de qualquer lugar. Basta ter acesso à internet e a um dispositivo, que pode ser um computador ou móvel (celular, tablet).

 

O investimento do curso é 15 x R$ 280,32. Mais informações pelo número (62) 99229-0232, falar com irmã Delma Mesquita ou pelo número 3946-1901. As inscrições podem ser feitas também pelo site  da PUC Goiás.  

 

 

Doutrina Social da Igreja e o papa Francisco

Em sua mais nova Carta Encíclica, Fratelli Tutti – sobre a fraternidade e a amizade social, o papa Francisco aplica os princípios mais essenciais da Doutrina Social da Igreja. No quinto capítulo do documento, cujo título é A política melhor, o papa destaca várias vezes a dimensão social e sua importância. “A caridade reúne as duas dimensões – a mítica e a institucional –, pois implica um caminho eficaz de transformação da história que exige incorporar tudo: instituições, direito, técnica, experiência, contribuições profissionais, análise científica, procedimentos administrativos…” (n. 164). No número seguinte, Francisco afirma ainda que a caridade é capaz de transformar o curso da história. “A verdadeira caridade é capaz de incluir tudo isto na sua dedicação; e se se deve expressar no encontro de pessoa a pessoa, também consegue chegar a uma irmã, a um irmão distante e até desconhecido através dos vários recursos que as instituições de uma sociedade organizada, livre e criativa são capazes de gerar. Se voltarmos ao caso do bom samaritano, vemos que até ele precisou da existência de uma estalagem que lhe permitisse resolver o que não estava em condições de garantir sozinho, naquele momento. O amor ao próximo é realista, e não desperdiça nada que seja necessário para uma transformação da história que beneficie os últimos.”

 

A Carta Encíclica Laudato Si’ sobre o cuidado da casa comum, publicada em 2015, também promove a Doutrina Social da Igreja, atualizando o ensino social, levando-nos a compreender mais o século XXI, indo além do aspecto eclesial e dando atenção às dimensões sociais, econômicas e políticas do mundo. No documento, Francisco aponta que as mudanças climáticas dizem respeito a toda a humanidade e questiona ainda pontos como o consumismo, o antropocentrismo e o tecnocentrismo. “As mudanças climáticas são um problema global com graves implicações ambientais, sociais, econômicas, distributivas e políticas, constituindo atualmente um dos principais desafios para a humanidade. Provavelmente os impactos mais sérios recairão, nas próximas décadas, sobre os países em vias de desenvolvimento. Muitos pobres vivem em lugares particularmente afetados por fenômenos relacionados com o aquecimento, e os seus meios de subsistência dependem fortemente das reservas naturais e dos chamados serviços do ecossistema como a agricultura, a pesca e os recursos florestais. Não possuem outras disponibilidades econômicas nem outros recursos que lhes permitam adaptar-se aos impactos climáticos ou enfrentar situações catastróficas, e gozam de reduzido acesso a serviços sociais e de proteção.”

 

O papa completa ainda: “Infelizmente, verifica-se uma indiferença geral perante estas tragédias, que estão acontecendo agora mesmo em diferentes partes do mundo. A falta de reações diante destes dramas dos nossos irmãos e irmãs é um sinal da perda do sentido de responsabilidade pelos nossos semelhantes, sobre o qual se funda toda a sociedade civil” (n. 25).

 

Fúlvio Costa

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