No dia 12 de março, aconteceu, no auditório Mãe da Igreja, na Cidade da Comunhão, a segunda Reunião Mensal de Pastoral de 2022, a primeira após a posse de Dom João Justino como arcebispo de Goiânia. Antes de entrar no tema da reunião, como de costume, os participantes rezaram a Oração das Laudes, conduzida por Dom João Justino.
O missionário redentorista, padre Antônio Niemiec, secretário nacional da Pontifícia União Missionária, foi o assessor da reunião e falou sobre a importante relação entre missionariedade e sinodalidade na Igreja hoje. O tema vem ao encontro de uma fala do papa Francisco presente desde o início do seu pontificado, quando pediu uma Igreja cada vez mais em saída, uma Igreja missionária, vivendo agora também o Sínodo 2021-2023, convocado por ele. O papa Francisco nos ensina que “O caminho da sinodalidade é o caminho que Deus espera da igreja do Terceiro Milênio. A sinodalidade é a dimensão constitutiva da Igreja”.

Padre Antônio mostrou que, no Novo Testamento, encontramos fundamento para sermos uma Igreja sinodal e missionária. “Os cristãos, em seguimento a Jesus, são originariamente chamados ‘os discípulos do caminho’” (At 9,2; 19,9.23; 22,4; 24,14.22). O Concílio apostólico de Jerusalém (At 15; Gl 2,1-10) será interpretado, ao longo dos séculos, como a figura paradigmática dos Sínodos celebrados pela Igreja. O ensinamento da Escritura e da Tradição atesta que a sinodalidade é dimensão constitutiva da Igreja, que através dela se manifesta e configura como povo de Deus em caminho e assembleia convocada pelo Senhor ressuscitado. A sinodalidade manifesta o caráter “peregrino” da Igreja. A sinodalidade é a forma histórica do seu caminhar em comunhão até o repouso final (Hb 3,7-4,44).
Durante sua exposição, padre Antônio falou também que realizar uma Reunião de Pastoral mensalmente colabora com a sinodalidade na Igreja de Goiânia. Dom João Justino enfatizou a fala do assessor, dizendo que “a Reunião Mensal reforça as estruturas sinodais da Igreja, ou seja, é uma forma de nós, como cristãos, caminharmos juntos”.
Natural da Polônia, padre Antônio também é missionário. Ele citou a realidade de várias dioceses do Brasil que há muito tempo não ordena padres diocesanos e que a Igreja se faz presente nesses lugares por meio de padres, religiosos, religiosas e leigos vindos de outros lugares.
Dom João Justino fez uma provocação para que a Igreja de Goiânia possa futuramente ter um projeto concreto para também ajudar o Projeto de Igrejas Irmãs. Ao final da reunião, ele convocou toda a Arquidiocese a abraçar de verdade a coleta da Campanha da Fraternidade. Segundo ele, a coleta é importante, pois, além de ajudar a Igreja do Brasil, com esse dinheiro muitos projetos em diversas dioceses do Brasil recebem auxílio. Ele explicou que, em 2020, seis projetos foram aprovados na Arquidiocese de Montes Claros.
Marcos Paulo