A longa Carta Pastoral “Sínodo Arquidiocesano – o amor de Cristo nos uniu!”, publicada por Dom Washington Cruz na Solenidade da Imaculada Conceição de 2008, faz uma profunda reflexão sobre o sentido do Sínodo Arquidiocesano que veio a acontecer na Igreja de Goiânia no ano de 2012, mas que foi marcado por intensa fase preparatória nos anos de 2009 a 2011. Esse acontecimento foi orientado por três grandes temas da vida da Igreja: a Palavra, a Liturgia e a Caridade.
No texto, Dom Washington anuncia: “Contemplando a Jesus com o olhar de Maria – como nos ensinou o Servo de Deus João Paulo II – depois de ter refletido e rezado, consultado o Conselho Presbiteral, como prevê o Direito Canônico e após ter feito o primeiro anúncio na reunião geral do Clero de 1/02/08, com grande alegria e esperança, convoco o 1º Sínodo da Arquidiocese de Goiânia, evento e caminho pastoral que envolverá, na unidade, todos os Vicariatos, todas as Paróquias e Comunidades, todas as instituições arquidiocesanas, todos os fiéis católicos, com validade para o triênio de 2009 a 2011”.
O arcebispo também explica que foram vários os motivos que levaram a Igreja de Goiânia realizar seu 1º Sínodo. A principal delas foi a necessidade de “renovação e atualização de sua vida e missão”. Pontuou Dom Washington: “A convocação para celebrar um Sínodo Arquidiocesano tem por objetivo colocar-nos, junto com toda a Igreja, à escuta da Palavra de Deus e de Sua vontade, deixando-nos conduzir por Ele nesta hora de nossa história. O Sínodo fará as mesmas perguntas que os padres do Concílio Vaticano II fizeram. No nosso caso, a partir da nossa Arquidiocese, devemos nos indagar, eclesial e colegiadamente: Igreja, que dizes de ti mesma? Onde estás? Que caminho percorrer? Que levar na bagagem? Como crescer em comunhão? Quais as prioridades evangelizadoras? (quais mediações e objetivos priorizar?)”.
O Sínodo Arquidiocesano foi o momento propício da Igreja de Goiânia se perguntar sobre como ela testemunha e anuncia o evangelho aos homens e mulheres nas mais diversas condições sociais e culturais. Eis as perguntas que nortearam este histórico acontecimento. “Até que ponto a nossa Igreja está apta para anunciar o Evangelho e para enxertá-lo no coração do homem com convicção, liberdade de espírito e eficácia? A nossa Igreja está ancorada no coração do mundo e ao mesmo tempo é suficientemente livre e independente para interpelar o mundo? A nossa Igreja dá testemunho da própria solidariedade aos homens e, ao mesmo tempo, do absoluto de Deus? A nossa Igreja tem progredido em ardor contemplativo e em adoração e tem sido mais zelosa na atividade missionária, caritativa, libertadora? ”. Essas perguntas deveriam ser respondidas tendo em vista sempre as transformações sociais e eclesiais que vivia a arquidiocese na época.
Ainda no texto, Dom Washington explica que o Sínodo é a Assembleia por excelência em que o bispo faz uma convocação (“ekklesia”) aos fiéis para redescobrirem o mesmo Cristo, o melhor Mistério que temos e, assim, serem fortalecidos na comunhão e na missão. “No Sínodo, nossas comunidades falarão, rezarão, celebrarão e se comprometerão. O Sínodo deverá ser o coração e o motor de toda a vida arquidiocesana”.
Fúlvio Costa
2ª Matéria da Série Cartas Pastorais do Dom Washington Cruz: Igreja – casa e escola de comunhão
3ª Matéria da Série Cartas Pastorais do Dom Washington Cruz: Igreja em Goiânia
4ª Matéria da Série Cartas Pastorais do Dom Washington Cruz: Eucaristia: escola de amor ao próximo
5ª Matéria da Série Cartas Pastorais do Dom Washington Cruz: Dia do Senhor – a festa do Reino
7ª Matéria da Série Cartas Pastorais do Dom Washington Cruz: Transformar as espadas em arados!
por 