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Série Oração do Cristão

Série Oração do Cristão

Eu creio: a profissão de fé cristã
Foto da Catedral

No decorrer da história da salvação, encontramos muitas profissões de fé, isto é, declarações que fiéis fazem sobre suas crenças, confissões verdadeiras de pessoas e de povos que, com alma incansável na busca do bem, escolhem vivenciar suas virtudes a partir do seguimento de Cristo (cf. Mt 10,32; Rm 10,9-10).

 

A profissão de fé explicita exatamente uma postura doutrinal, apresentando os princípios fundamentais de convicções religiosas e de aspectos da fé a serem reverenciados e vivenciados dentro de determinadas crenças.

 

Na Igreja Católica Apostólica Romana, a profissão de fé, que apresenta o sentido de ser da nossa crença, é conhecido popularmente como Credo. Isso não apenas pelo fato de começar pela palavra “Creio” mas, também, por ser teologicamente denominado um dos “símbolos da fé”, ao passo que é um sumário das principais verdades da fé cristã católica. Pode ser chamado de “o símbolo dos apóstolos”, já que nos apresenta um resumo do pensamento, das atitudes, das pregações e da fé dos apóstolos

 

 

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, “desde a origem, a Igreja apostólica exprimiu e transmitiu a sua própria fé em fórmulas breves e normativas para todos. Mas bem cedo a Igreja quis também recolher o essencial da sua fé em resumos orgânicos e articulados, destinados sobretudo aos candidatos ao Batismo” (CIC 186).

 

O Credo foi formado com o tempo, pela luz e discernimento do Espírito Santo, a partir dos apóstolos e perpassado através dos padres da Igreja. Em 325 d.C., no Primeiro Concílio Ecumênico de Niceia, com a presença aproximadamente de 318 bispos, foi definido o Credo como conhecemos hoje.

 

De forma pedagógica e explicativa, podemos separar o Creio em sete partes:

As três primeiras apresentam a adesão de fé ao mistério da Santíssima Trindade e o reconhecimento de Maria como Mãe de Deus Filho.

 

1ª Parte – Na confissão de fé em Deus Pai, a Igreja confirma que crê “em Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra”, sendo assim, reconhece que temos somente um Deus, onisciente, onipotente onipresente.

 

2ª Parte – Ao professar que cremos “em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor”, confirmamos nossa aliança com Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, gerado, não criado e consubstancial ao Pai.

 

3ª Parte – “O Espírito Santo descerá sobre ti” (Lc 1,35). Essa foi umas das revelações do Anjo a Maria, uma comprovação bíblica que Jesus “foi concebido pelo poder do Espírito Santo e nasceu da Virgem Maria”, de forma que, pela força do Espírito Santo, o Verbo se fez carne, no seio da Virgem Maria, e habitou entre nós (cf. Jo 1,14).

 

4ª Parte – Perpassando os Evangelhos, o símbolo de fé, expõe a paixão, morte, ressurreição e ascensão de Jesus ao céu: “padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos Céus, está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos”.

 

5ª Parte – “Creio no Espírito Santo”. A quinta parte atribui uma crença fidedigna à presença do Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade, o Mesmo que pairava sobre as águas (cf. Gn 1,2), que desce sobre o fiel no momento da Batismo (cf. At 2,38); o conselheiro das horas difíceis (cf. Jo 14,26); que com o Pai e o Filho é adorado e glorificado.

 

6ª Parte – Ao proclamar e certificar que cremos “na santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos”, anunciamos que somos admitidos na Igreja que é una, santa, católica e apostólica, estabelecendo, assim, uma intimidade entre a Igreja terrena e a Igreja celeste e gloriosa.

 

7ª Parte – A esperança é a virtude que nos leva a confiar (cf. Jr 29,11) e continuar perseverante nas promessas de Cristo (Rm 15,13). Crer “na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna” nos abre a uma nova experiência que aponta para realidades que ainda irão acontecer, não mais na terra, mas no Reino dos Céus.

 

O Creio é a síntese da crença católica, que tanto nos ajuda a viver nossa obediência de fé. Declara Santo Agostinho (séc. V d.C.): “creio para compreender, e compreendo para crer melhor”.

 

Pe. Vilmar Barreto

 

1ª- Pai-Nosso, a Oração do Senhor

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