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Tempo Pascal

Tempo Pascal

Período de preparação para o nascimento da Igreja Missionária

No domingo, 4 de abril, celebramos a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, experiência central da nossa vida de fé. Eis a mensagem que conduz todos os cristãos: “Por que buscais entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui. Ressuscitou!” (Lc 24 5b-6). Com essa proclamação, a Igreja dá início ao Tempo Pascal, que se estenderá pelos próximos 50 dias até o pôr do sol do sábado que antecede o Domingo de Pentecostes, 23 de maio. O Tempo Pascal tem características próprias, é identificado por muitos símbolos, inclusive pela cor branca presente nos paramentos dos sacerdotes e do altar nesse período.

 

Esse importante tempo litúrgico é também conhecido como “Grande Domingo”, por ser considerado um só dia dentro do qual se prolonga o júbilo da Páscoa, permeado da luz e da alegria da “boa notícia” da ressurreição.  “O Tempo Pascal é o período em que a liturgia comemora a ressurreição do Senhor, ou seja, Cristo vive. Se Cristo não ressuscitasse, vã seria a nossa fé”, afirmou Dom Levi Bonatto, bispo auxiliar de Goiânia, em entrevista. Embora não seja um tempo forte, como a Quaresma e o Advento, o Tempo Pascal, conforme Dom Levi, é muito importante porque nele está contido o grande mistério da nossa fé.

 

A longa festa pascal tem sete semanas, que são identificadas também como Festas Pascais. Nesse período, o Livro dos Atos dos Apóstolos mostra-nos a experiência profunda de encontro dos primeiros discípulos com o Senhor Ressuscitado. Segundo Dom Levi, a tradição litúrgica considera esse livro como testemunho vivo do nascimento da Igreja. Os Atos dos Apóstolos contam como foram os primeiros passos da Igreja e, até o terceiro domingo da Páscoa, as leituras nos narram as aparições do Cristo ressuscitado.

 

Símbolos

O Tempo Pascal é exteriorizado pela alegria e podemos ver e sentir isso nas celebrações. “O Canto do Aleluia nesses dias tem lugar mais apropriado e, a partir da Festa Pascal, são constituídas também outras festas, como a dos santos, que são a celebração da participação desses nossos irmãos no mistério pascal de Cristo. Podemos ainda dizer que tudo o que os presbíteros realizam na liturgia vem da festa da Páscoa de Cristo Salvador. O Círio Pascal, por sua vez, que fica exposto durante todo esse tempo, simboliza justamente a importância do Tempo Pascal”, realçou Dom Levi. Os paramentos brancos também expressam a alegria desse tempo. “Nessa época se usa o branco tal como no Natal e em outras festas do Senhor para destacar essa busca que nós temos que ter pela santidade”, frisou o bispo.

 

Tempo de preparação

Assim como nos preparamos para a Páscoa, vivendo intensamente o Tempo Quaresmal e a Semana Santa, no Tempo Pascal vivemos outro período de preparação. Agora, Cristo já ressuscitado volta para junto do Pai, mas ele não nos deixa sozinhos. O próprio Jesus aparece aos discípulos na Galileia após ressuscitar e faz essa promessa. “Todo poder foi me dado no céu e sobre a terra. Ide, portanto, e fazei discípulos batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28,18-20). Jesus nos deixa o Espírito Santo, que vem na Festa de Pentecostes. É para esse grande acontecimento que marca o nascimento da Igreja que nos prepara o Tempo Pascal.  “Em Pentecostes vem o Espírito Santo e com ele tem início a Igreja caminhante. Jesus veio, morreu, realizou a redenção, mas voltou para Deus e ficou entre nós o Espírito Santo deixado por Ele. Em Pentecostes está o cume do Tempo Pascal”, disse Dom Levi.

 

Ao fim da entrevista, o bispo explicou qual é a mensagem central do Tempo Pascal que começamos a viver há pouco. “A grande mensagem da Igreja neste tempo é que Cristo vive e Ele nos quer santos. Essa é a grande meta da Igreja, mesmo nestes tempos de pandemia, que vai caracterizar possivelmente todo esse Tempo Pascal mais uma vez. Mas não há problema. Deus sabe o que Ele faz, o que Ele quer de nós, sabe até onde nós podemos ir e sabe também que podemos tirar muitas lições dessa pandemia. Então, que Nossa Senhora, que também viveu o Tempo Pascal, nos acompanhe, nos abençoe e nos guie e nos faça entender cada vez melhor todos estes mistérios de Cristo: a ressurreição, a ascensão e depois o Cristo ressuscitado, que vive no meio de nós.”

 

Fúlvio Costa

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