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Venha a nós o teu reino

Venha a nós o teu reino

Caros irmãos e irmãs,   A Igreja chega, mais uma vez, ao fim de mais um ano litúrgico. No último

Caros irmãos e irmãs,

 

A Igreja chega, mais uma vez, ao fim de mais um ano litúrgico. No último Domingo do Tempo Comum, celebramos a Solenidade de Cristo Rei do Universo, na qual os fiéis são chamados a reconhecer o reinado de Deus sobre todos os povos e nações. Essa solenidade foi estabelecida em 1925 por Pio XI, na sua primeira encíclica, Quas Primas, quando a festa era celebrada no último domingo de outubro, que é o que precede a festa de Todos os Santos. Depois da reforma do calendário litúrgico, em 1969, ela foi transferida para o último Domingo do Tempo Comum, o que precede o primeiro domingo do Advento.

 

Na época do estabelecimento da Solenidade, o Santo Padre via com preocupação o avanço do pensamento laicista e a crescente rejeição dos ensinamentos da Igreja por parte dos homens, retirando Jesus Cristo e sua lei tanto da vida particular quanto da vida pública. Eram tempos em que surgiram as grandes ditaduras no século XX, com a disseminação do ateísmo e das ideologias materialistas.

 

O termo “rei” deriva do latim e refere-se àquele que governa. Ao mesmo tempo, deriva do termo sânscrito que significa “brilhar, ser ilustre”. Rei não é, portanto, apenas quem governa, mas também quem brilha e ilumina seu povo. Nesse sentido, podemos dizer que a liturgia da Solenidade de Cristo Rei nos faz contemplar esse esplendor que é próprio da realeza de Jesus Cristo, o Filho de Deus, nosso Senhor e Salvador. Uma realeza particular e atípica, que é a realeza do Filho do homem, a quem Deus dá todo poder e todo reino. É a realeza daquele que o Pai constituiu vencedor de todos os poderes do mal. De fato, o Filho de Deus vencerá todos eles na cruz.

 

O rei que hoje celebramos e contemplamos é o Senhor Jesus que reina do trono da cruz. A lógica do seu reino é a nossa salvação. Entronizado na cruz, ele torna-se o Senhor de todos e abre as portas do Reino para receber seus filhos. Ele não é um rei como os outros, ele é o rei da cruz e, como somos batizados em sua morte, tornamo-nos seu corpo real. É aquele Jesus que, em seu nascimento, privilegiou os pastores, que escolheu simples pescadores como seus apóstolos, que compartilhou a mesa com os pecadores e permitiu-se beijar os pés de uma mulher de má reputação e perdoou seus pecados. Jesus, portanto, revela que sua realeza é a da primazia do amor. De fato, é o amor que vence o mundo e vence a história, porque nos faz participar da identidade mais profunda de Deus, verdadeiramente faz seus filhos verdadeiros irmãos de Cristo e herdeiros de sua glória.

 

Ao rezarmos a oração que Jesus mesmo nos ensinou “Venha a nós teu reino” (Mt 6,10), pedimos que Deus faça vir sobre nós o seu Reino, mas não podemos nos esquecer que o pedido implica a nossa vivência do Reino de Cristo, por meio do amor, pronto a dar a vida por Deus e pelos irmãos. Rezemos juntos essa oração, comprometendo-nos seriamente na vivência do amor, que não cansa e nem se cansa.

 

Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo Metropolitano de Goiânia

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