No último domingo, 29 de janeiro, o Santo Padre refletiu na oração do Angelus o Evangelho de Mateus sobre as Bem-aventuranças. “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,3). O Papa explicou que “os pobres em espírito são aqueles que sabem que não são suficientes por si mesmos, que não são autossuficientes e vivem como ‘mendigos de Deus’”.
Seguindo a sua reflexão, Francisco propôs três desafios para nós contra a mentalidade do desperdício:
1 – Não desperdiçar os dons que somos: “Cada um de nós é um bem, independentemente dos dotes que temos. Cada mulher, cada homem é rico não apenas de talentos, mas de dignidade, é amado por Deus, é valioso, é precioso”, afirmou o Papa.
2 – Não desperdiçar os dons que temos: “Os recursos da criação não podem ser usados dessa maneira; os bens devem ser conservados e compartilhados para que não falte a ninguém o que é necessário. Não desperdicemos o que temos, mas difundamos uma ecologia da justiça e da caridade!”, ressaltou Francisco.
3 – Não descartar as pessoas: “Mas as pessoas não podem ser jogadas fora, nunca! Cada um é um dom sagrado e único, em todas as idades e em todas as condições. Respeitemos e promovamos sempre a vida!”, destacou, ainda, o Pontífice.
Viagem Apostólica
Após a oração do Angelus, o Papa Francisco falou sobre a sua próxima Viagem Apostólica. De 31 de janeiro a 5 de fevereiro, o papa visitará a República Democrática do Congo e do Sudão do Sul na África. Essa é a 40º viagem internacional. Segundo o Vatican News, o Papa Francisco é o primeiro Pontífice em 37 anos a retornar à República Democrática do Congo, e o primeiro a tocar o solo do Sudão do Sul, país mais jovem do mundo desde a declaração de independência em 2011.
As terras que serão visitadas pelo Pontífice são marcadas por longos conflitos, fazendo com que diversas pessoas sejam obrigadas a viver em constantes deslocamentos e enfrentando muitas dificuldades.

Por isso, o Papa destacou em sua fala que no Sudão do Sul irá chegar junto com o arcebispo de Cantuária e o moderador da Assembleia Geral da Igreja da Escócia “para que juntos possam fazer, como irmãos, uma peregrinação ecumênica de paz, para invocar de Deus e do homem o fim das hostilidades e a reconciliação”, afirmou o Pontífice.
Segundo o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, essa viagem apostólica tem dois aspectos: pastoral e sociopolítico. O aspecto pastoral significa “proximidade com as Igrejas locais e com as comunidades vivas e ativas”. No contexto sociopolítico, acreditamos que “a presença do Santo Padre, sua palavra, seu testemunho, possa ajudar a promover o fim da violência em curso e fortalecer os processos de paz e reconciliação em curso”, explicou o secretário.
Gabriela Rodrigues